sábado, 30 de junho de 2012

Delegado Rafael Vianna profere palestra nos Correios


O Delegado Rafael Vianna proferiu palestra para diversos funcionários e representantes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
A palestra ocorreu em Maringá-PR e teve como objetivo esclarecer dúvidas sobre segurança pública e pessoal, contribuindo para que os Correios e seus funcionários diminuam suas vulnerabilidades e tenham maior segurança.

Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663 e, desde então, vêm se modernizando, criando e disponibilizando serviços de qualidade que correspondam às expectativas dos seus clientes.
A empresa realiza importante função de integração e de inclusão social, papel indispensável para o desenvolvimento nacional. Na composição do seu faturamento, aufere 54,3% da receita com os serviços monopolizados (carta, telegrama e correspondência agrupada), de modo que a reserva de mercado desses três serviços é fator essencial para a sobrevivência e para a garantia da universalização.
Lado a lado com a vertente social, os Correios oferecem soluções, com tecnologia de ponta, para atender às necessidades de comunicação das empresas e instituições em um mercado cada vez mais competitivo. É o caso do Sedex, criado em 1982, que se tornou um dos principais produtos da empresa e lidera o setor de encomendas expressas no Brasil. Nos últimos anos, o serviço passou a contar com outras modalidades, como o e-Sedex, Sedex 10, Sedex Hoje e Sedex Mundi, agilizando ainda mais a entrega de encomendas.
Devido à forte capilaridade da empresa, a prestação de serviços financeiros nas agências dos Correios constitui-se, cada vez mais, numa importante contribuição para a inclusão bancária de milhões de brasileiros. Desde a criação do Banco Postal, milhares de pessoas, que antes tinham que se deslocar para uma cidade vizinha para realizar uma simples operação bancária, agora contam com a comodidade de tudo poder ser feito na própria cidade onde moram.
Impulsionados pelas mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, a partir de 2009 os Correios adotaram uma nova Identidade Corporativa, assumindo uma postura proativa diante dos clientes, da sociedade, dos empregados e do governo. Além de oferecer e entregar produtos e serviços, os Correios passam a entender melhor as demandas da sociedade, gerando soluções para aproximar pessoas e organizações, onde quer que estejam. Mais do que honrar todos os compromissos assumidos com os clientes, os Correios querem se antecipar às suas necessidades e praticar a sustentabilidade, visando à evolução do negócio e ao equilíbrio econômico, ambiental e social.
Essa nova postura contribuirá para que a ECT se torne uma empresa de “classe mundial”, destacada por suas práticas e resultados.
FONTE: Site dos Correios



domingo, 24 de junho de 2012

"Droga não é demônio" - Entrevista com o psicanalista Eduardo Mendes Ribeiro

Apesar de longa, uma das melhores entrevista que já li sobre o tema.
Droga não é demônio: então por que é tratada pela sociedade como se fosse?
Reportagem da Revista Época
Eliane Brum
É possível que nunca tenha se falado tanto em drogas como hoje, pelo menos como caso de polícia ou de saúde pública. Nos anos 60, quando as drogas faziam parte do movimento de contracultura, o olhar sobre elas e a função que desempenhavam era outro. E os “malucos beleza” eram vistos de forma muito diversa dos consumidores de crack de agora. A própria diferença de linguagem é reveladora, já que antes se “experimentava” drogas, com a ideia de ampliação de consciência – e hoje se “consome”, como tudo. Um verbo expressa uma vivência – outro o uso. O que mudou, para que o crack tenha se tornado tema de campanha eleitoral, assunto para candidatos à presidência do país?
Ao acompanhar o debate travado em várias instâncias, me parece empobrecedor que um tema tão amplo e cheio de nuances seja reduzido a apenas dois discursos, duas maneiras de olhar: ou é caso de polícia/segurança ou é caso de saúde pública – ou de ambos. Será que estas duas abordagens – repressão e cura – dão conta da complexidade da questão? Desconfio que não.
Por outro lado, me parece bastante curioso que o debate sobre as drogas ilegais atinja esse nível de decibéis justamente numa época em que há um consumo massivo de drogas lícitas, na forma de antidepressivos, ansiolíticos e hipnóticos, receitadas por médicos das mais variadas especialidades. Drogas para ser feliz, para ficar calmo, para dormir. Sem contar as drogas para perder o apetite e aumentar o desejo sexual.
Por que algumas se tornam um problema e outras são vendidas como solução? Quem determina o que o indivíduo pode consumir? E com quais argumentos? E por que aquela que possivelmente seja a droga que causa mais estrago na nossa sociedade – o álcool – é abordada com muito menos estridência?
Ao acompanhar o debate, me chama a atenção o fato de a droga ser encarada como uma espécie de alienígena, desenraizada da sociedade em que é usada e produz sentidos. É como se ela fosse um demônio ou um vírus que entra no corpo à revelia de todo o contexto – desligada de tudo e de todos. E que bastaria ou exorcizá-la, do ponto de vista religioso, ou extirpá-la, no campo da medicina, para que o problema acabasse. Ou ainda reprimir, na visão policial.
Parece que não é tão simples assim – ou o problema já seria menor. Se os mais diversos tipos de drogas sempre foram usados por todas as sociedades, em diferentes momentos históricos, por que a nossa não consegue lidar com elas? Será que não valeria a pena, além de reprimir e tentar “curar”, pensar um pouco mais nos porquês?
É exatamente por ser uma questão que produz muito sofrimento é que acho importante refletirmos sobre ela com mais amplidão – e alargar nosso campo de visão. Em busca de respostas – não definitivas, mas possibilidades de respostas –, procurei o psicanalista Eduardo Mendes Ribeiro. Ele é membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre (Appoa), mestre em Filosofia pela PUC/RS, doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e consultor do Ministério da Saúde na Política de Humanização do SUS. Estuda o tema das drogas desde os anos 90 e tem vários artigos publicados sobre o assunto.
Nesta conversa, ele nos ajuda a pensar sobre uma questão tão crucial – para além dos estereótipos.
ÉPOCA – Hoje, as drogas ou são caso de polícia ou de cura. É como se toda a complexidade da questão coubesse nesses dois modos de ver e não existisse outra possibilidade de abordagem. Por quê?
Eduardo Mendes Ribeiro – Por ao menos duas razões: a primeira é a tendência à simplificação do problema, o que, em tese, ajudaria a entendê-lo e enfrentá-lo. Por essa via, elege-se a droga como a causa do mal e os traficantes como os agentes promotores deste mal. Ora, sendo assim, é fácil concluir que o que devemos fazer é, por um lado, tentar evitar que o mal nos atinja: repressão. E, por outro, se fracassarmos no primeiro intento, temos de extrair o mal de nossos corpos: desintoxicação e abstinência. Essa visão também nos poupa dos complexos e incômodos questionamentos acerca das razões pelas quais tantas pessoas decidem se drogar.
ÉPOCA – E quais seriam esses questionamentos tão incômodos? Afinal, por que tantos se drogam, legal e ilegalmente?
Ribeiro - São questionamentos relacionados aos conflitos psíquicos que cada um de nós vivencia: inibições, frustrações, angústias, etc. É muito mais incômodo enfrentar estes fantasmas do que usar uma droga que pode fazer nosso humor melhorar quase imediatamente. O problema é que os fantasmas continuam lá – e nem sempre em silêncio.
ÉPOCA – Em sua opinião, quem é mais drogado? O consumidor de crack do centro de São Paulo ou uma faixa significativa da população mais idosa – assim como muitos jovens – que consome tranquilizantes todo dia?
Ribeiro - Atualmente, há uma tendência de se avaliar o grau de gravidade de uma dependência não mais através de escalas quantitativas de intensidade e frequência, mas a partir dos efeitos que essa prática produz na vida de cada sujeito. Nesse sentido, é provável que aquelas pessoas que passam o dia fumando pedra vivenciem um empobrecimento maior de suas interações sociais, além de se manterem em situações de maior vulnerabilidade. Mas, por outro lado, não há razão para acreditarmos que aqueles que vivem uma vida entorpecida estejam em uma situação muito melhor.
ÉPOCA – Mas por que o crack incomoda e a população que vive uma vida entorpecida não?
Ribeiro - O usuário de crack, ao menos o usuário estereotipado, com maior visibilidade, é alguém que expõe tudo o que nossa sociedade quer evitar: descontrole, desamparo, vulnerabilidade, improdutividade, laços sociais frágeis, ausência de projeto de futuro, etc. O sujeito entorpecido é muito mais identificado com as crenças e valores que nos orientam: ele é visto como um doente em tratamento, ou seja, ele tem um problema que nossa sociedade, através de seus saberes e especialistas, está tratando. Está tudo em seu lugar...
(...)
ÉPOCA – Mas o quanto a visão contemporânea de que o sofrimento é sinônimo de fracasso e deve ser suprimido da vida tem a ver com o uso de drogas ilegais?
Ribeiro - Acredito que isso tem a ver com o uso de drogas em geral, e não apenas das drogas ilícitas. As estatísticas médicas e farmacêuticas indicam que vivemos em tempos de depressão. Nada de novo nessa constatação. Entretanto, chama a atenção o fato de outras avaliações de nossa sociedade apontarem para a direção oposta: cada vez mais percebemos a existência de uma cultura dinâmica, voltada para a busca de prazeres imediatos, que reconhece e valoriza quase todas as formas de gozo. Tornamo-nos maníacos e depressivos, mas não necessariamente ciclotímicos. Talvez seja mais preciso afirmar que uma sociedade maníaca tende a produzir subjetividades depressivas, pois se o ideal social que nos serve de referência preconiza que todo sofrimento deve ser superado, encontra-se desvalorizado todo aquele que não consegue se ajustar aos modelos de felicidade propostos. Não é difícil entender o quanto o uso de drogas se “encaixa” bem nesse contexto: ele pode tanto nos aliviar de nossas frustrações quanto nos ajudar a melhorar nossos desempenhos. Basta escolher a droga certa para o momento certo.
ÉPOCA – Você faz, em seus artigos, uma afirmação muito interessante – e bastante polêmica – sobre como o saber médico e o toxicômano veem a droga da mesma maneira. Você afirma que a teoria médica coincide com a do toxicômano, na medida em que procura isolar o aparelho psíquico para gozar dele como um órgão. Ou seja, com o auxílio de determinadas drogas pretende-se tanto curar um corpo doente como uma vida doente, sem problematizar as modalidades de relação com o outro. Como é isso?
Ribeiro - Tomemos o exemplo fictício, mas não incomum, de um adolescente que cotidianamente observa seu pai chegar em casa meio estressado e tomar umas doses de cachaça ou uísque; sua mãe consumir religiosamente seu ansiolítico; o médico da família, frente ao primeiro sinal de tristeza e abatimento, receitar um antidepressivo. Esse adolescente, diante das angústias próprias de sua idade, teria alguma razão para se recusar a fazer uso de um cigarro de maconha de vez em quando? Qual seria a diferença? Nesse exemplo, estamos longe de uma toxicomania, mas percebemos uma mesma lógica, que pode vir a ser acionada em situações extraordinárias, como a de uma dependência de drogas. Isso nos lembra do Millôr, que afirmava ter nascido com duas doses de uísque a menos, pois, quando as tomava, se sentia muito melhor. É a mesma coisa: se a psique é vista como um órgão, e se o remédio faz com que este órgão funcione melhor, deduz-se que era ele o que estava faltando. Ou seja, depois de procurar curar o corpo, o órgão doente, hoje se pretende curar a vida doente.
ÉPOCA – O crack é a droga do momento, a grande epidemia. Você acha que o crack é diferente das outras drogas e deve ter uma abordagem diferente?
Ribeiro - Mesmo que se faça uma crítica a muitas abordagens acerca do uso de drogas e às propostas hegemônicas para enfrentar o problema – e é importante que a crítica seja feita –, não há como deixar de reconhecer que se trata de um problema social que exige respostas urgentes. Entretanto, independentemente do tipo de droga utilizada, e mesmo que se reconheça a enorme diferença que existe entre os efeitos do consumo de maconha e de crack, por exemplo, não acredito que devamos nos dedicar à proposição de “estratégias para combate do uso de drogas” ou de uma “clínica da dependência de drogas”. Da mesma forma que não acredito em uma “clínica da depressão” ou uma clínica da “síndrome do pânico”. Em vez de reduzirmos o sujeito ao seu sintoma, ganharíamos mais diversificando nossas estratégias para operar uma “clínica do sujeito”, levando em consideração os contextos sociais em que essas subjetividades são produzidas.
ÉPOCA – E como seria uma “clínica do sujeito”?
Ribeiro - Parto do entendimento de que cada sujeito é absolutamente singular, o que faz com que o trabalho terapêutico também tenha que ser construído caso a caso. É nesse sentido que recuso a idéia de uma “clínica da toxicomania”, como se esses sujeitos compusessem um conjunto, com problemas e saídas semelhantes. Mas é possível propor algumas estratégias e linhas de ação. Nos casos menos graves, atendidos em consultórios e ambulatórios, entendo que o uso de drogas deva ser abordado no contexto da história e do conjunto de relações mantidas por cada pessoa. Não é o uso de drogas que define sua posição subjetiva e o seu sofrimento, mas o contrário: a relação que ele estabelece com as drogas é resultante da forma como ele vivencia seus conflitos e relações. Já nos casos mais graves, em que há uma perda de autonomia do sujeito, se torna necessária uma vinculação institucional, de preferência sem internação, através da qual ele possa contar com o apoio de uma equipe multiprofissional que lhe auxilie em seu processo de reinserção social.
(...)
ÉPOCA – Qual é a sua opinião sobre a descriminalização das drogas, no geral, e a descriminalização só da maconha, como propõem alguns, inclusive o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?
Ribeiro - Não vejo razões pelas quais consumir drogas deva ser considerado um crime, o que não é o mesmo que defender sua liberação irrestrita. É interessante notar que as origens da proibição ao uso de determinadas drogas não estão relacionadas a qualquer avaliação de ordem médica, psicológica, epidemiológica ou antropológica. Estão associadas de forma muito mais direta às pressões exercidas por certos segmentos sociais, a partir de preconceitos morais e estigmatizações sectárias. Deveríamos ser capazes de aprender com nossos erros e, no momento em que se evidenciam as contradições de nossa política proibicionista, investir em estudos multidisciplinares e promover um amplo debate, depurado de moralismos e respostas fáceis.
ÉPOCA – E quais seriam as questões centrais deste debate?
Ribeiro - Questões que discutam poder e responsabilidade. O que legitima que alguém legisle ou defina o que posso ou não consumir? Se é uma questão que extrapola o âmbito das liberdades individuais, envolvendo problemas de saúde pública, quais são os critérios para definir quem pode e quem não pode consumir tais e tais drogas? Repressão e marginalização são boas estratégias para a produção de saúde?
ÉPOCA – Qual é a sua opinião sobre a campanha nacional contra o crack lançada pelo Ministério da Saúde (e recentemente ampliada pelo presidente Lula)?
Ribeiro - A campanha promovida pelo Ministério da Saúde promove grandes avanços, entre eles o de respeitar os direitos dos usuários, o de operar a partir da lógica de redução de danos, o de priorizar a abordagem do problema no território em que vive o usuário e o de evitar internações prolongadas. Entretanto, é sabido que esse tipo de abordagem enfrenta fortes resistências de parte daqueles que se opõem a Reforma Psiquiátrica e se mostram saudosos dos antigos manicômios. Para estes, o melhor seria ampliar o número de leitos de internação, segregar e “tratar” o maior número possível de usuários, para depois “devolvê-los” – se possível – para o convívio social. Infelizmente, através dessa estratégia, muitos psiquiatras evitam a abordagem da intensidade dos dramas humanos - preferindo a calmaria dos sedativos.
Para ler a entrevista na íntegra, o que recomendo, acesse o link:

domingo, 17 de junho de 2012

Delegado Rafael Vianna profere palestra para Conselhos Comunitários de Segurança de Curitiba

Rafael Vianna proferiu palestra para líderes comunitários e representantes de todas as regiões de Curitiba.
Em evento realizado no Auditório do Ministério Público do Paraná, organizado pela Coordenação Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança, o Delegado Vianna discutiu a participação da sociedade na segurança pública e a importância de compreendermos a complexidade desta área do conhecimento para sabermos como e onde atuar.
Com representantes das maiorias dos Consegs de Curitiba, Rafael Vianna destacou as possíveis atuações dessas entidades na 1ª e na 2ª grandes áreas da segurança pública, sugerindo ações concretas que podem ser implementadas pela comunidade, pela Prefeitura e pela Guarda Municipal. Como a conversa foi muito próxima e informal, os líderes comunitários de Curitiba puderam sanar dúvidas sobre questões pontuais e problemas enfrentados em cada região da capital paranaense.
Para conhecer mais sobre como organizar um Conseg em seu bairro ou região, quais os projetos já foram e ainda podem ser implementados pelos Consegs do Paraná e visualizar mais fotos do evento, você pode acessar o site da Coordenação Estadual dos Consegs http://www.conseg.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=608

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dr. Dib e Rafael Vianna formam a primeira turma de instrutores/multiplicadores do ELCOSPO na ESPC

Os Delegados da Polícia Civil do Paraná Alfredo Dib Júnior e Rafael F. Vianna formaram no final do mês de maio a primeira turma de instrutores do Estilo Livre de Combate para Sobrevivência Policial (Elcospo), na Escola Superior de Polícia Civil (ESPC).
O Elcospo é um método de sobrevivência desenvolvido pelo Delegado Dib ao longo de anos de experiência nas artes marciais e nos enfrentamentos diários da atividade policial.
Praticante há 03 anos, Rafael Vianna compilou e escreveu pela primeira vez a doutrina e os ensinamentos do Elcospo, método criado há mais de 20 anos pelo Mestre em Kung Fu e praticante de Capoeira Alfredo Dib Júnior.
Dib reconhece que existe uma infinidade de estilos de luta com eficiência comprovada, porém afirma que muitos golpes funcionam com regras pré-determinadas para uma competição ou são apenas plasticamente bonitos, não sendo efetivos em um combate real, de rua, onde não existem regras ou um aviso de que o confronto irá começar. “A maior parte dos métodos e estilos de artes marciais demandam um treinamento criterioso e contínuo. Nós não temos tempo para ensinar os nossos policiais. Além disso, os estilos não preveem o uso de uma .40 no coldre. É uma concepção bem diferente”, comenta.
Por outro lado, ele revela que o novo método foi criado prevendo as situações inesperadas. “Ele (Elcospo) não é um estilo de luta, e sim um método de sobrevivência. A prioridade é a conservação da vida a qualquer custo. Por isso utiliza as potencialidades mais instintivas e primitivas do ser humano. O objetivo é preservar a vida do policial no momento de risco e aumentar a segurança pessoal dele até que ele consiga algum auxílio, algum socorro”, conta.
Dib explica que, pelo seu método, os policiais são condicionados a utilizar a musculatura e os movimentos instintivos de auto preservação. “A criança não precisa ir para uma academia de artes marciais e treinar por 40 anos para saber cair. Ou seja, nós usamos a musculatura que dá suporte ao corpo naturalmente. Qualquer pessoa, quando é agarrada por alguém, imediatamente reage com a musculatura que está disponível. Nós simplesmente fortalecemos aquilo que a natureza nos deu e dirigimos, com critérios de qualidade, para que tenhamos eficiência”, diz.
Vianna confirma a rapidez do aprendizado e a eficiência das técnicas, muito úteis para o policial sair de situações inesperadas nas ruas e sobreviver.

Na primeira compilação das técnicas do Elcospo, o método é assim apresentado:
APRESENTAÇÃO:
As artes marciais tradicionais ofertam uma grande variedade de golpes e técnicas, muitas delas de complexidade exagerada para a execução. Assim, para um praticante de artes marciais conseguir se defender com eficiência e segurança, ele precisa de anos de treinamento constante.
Muitas vezes, as artes marciais tradicionais exigem condicionamento físico e treinamento quase que diário para que seus golpes sejam aplicados com perfeição e eficácia. Ademais, muitos golpes apenas funcionam com regras pré-determinadas para uma competição ou são apenas plasticamente bonitos, não sendo efetivos em um combate real, de rua, onde não existem regras ou um aviso de que o confronto/luta irá começar.
Assim, ao longo de anos praticando artes marciais e enfrentando a realidade dos combates e enfrentamentos da rotina policial, o Delegado de Polícia do Estado do Paraná Alfredo Dib Júnior desenvolveu um estilo de combate para que o policial sobreviva quando envolvido em um confronto físico. Assim, surgiu o Estilo Livre de Combate para Sobrevivência Policial (ELCOSPO), o qual trabalha com princípios simples e instintivos do ser humano e não exige anos de treinamento para que seja aplicado com eficiência. Um dos discípulos deste estilo de combate foi o também Delegado de Polícia Rafael F. Vianna, o qual já comprovou a eficiência prática deste estilo de combate em ações policiais.
O ELCOSPO pode ser treinado por qualquer pessoa, aprende-se rápido, não exige de seu praticante o condicionamento físico de um atleta e pode ser assimilado em apenas alguns meses de treinamento.
Como o estilo de combate é composto basicamente de três golpes, em uma necessidade real o seu praticante não terá dúvidas de qual golpe aplicar ou como fazer o movimento. A sua reação será imediata, forte e eficiente.
OBJETIVOS:
Geral
Permitir que todo policial domine uma técnica de combate e defesa policial que lhe permita subjugar um agressor e sobreviver em um combate real.
Específicos
Permitir que todo policial aprenda como se defender instintivamente de um agressor.
Possibilitar que, uma vez aprendida, a técnica de defesa policial sobreviva mesmo sem o treinamento exigido para o completo domínio de uma arte marcial tradicional.
Preparar de forma rápida todos os policiais do estado do Paraná para saberem como sobreviver em um combate de rua.
Preparar multiplicadores do ELCOSPO para que todos os policiais do estado possam aprender e treinar como sobreviver em um combate surgido no desempenho legal do trabalho policial.
CONTEÚDO:
O problema de outras artes marciais
Instintos do ser humano
A simplicidade instintiva do ELCOSPO
Exercícios para o CORE (lombar, abdômen, glúteos e coxas)
Fortalecimento do pescoço
Como não cair
A posição fetal como técnica de sobrevivência
Os três golpes básicos
A eficiência do tapa
Diferentes tipos de tapas
Efeitos do tapa
O chute baixo utilizando a parte alta da canela
O local do golpe no oponente
Os efeitos no oponente
Como derrubar seu oponente
Técnicas de queda
“Esgrimar” para derrubar
O equilíbrio do corpo humano
Cuidados e alertas para o ensino das técnicas
O treinamento do ELCOSPO
Queda e o boneco de pano
Ataque de múltiplos agressores
Defesa e sobrevivência
Ataque e combate

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Rafael Vianna profere palestra para novos magistrados na EMAP



Durante o Curso de formação inicial para juízes substitutos, o Delegado Rafael Vianna proferiu palestra para os novos juízes do Paraná, tratando de assuntos como segurança pública, atividade do Delegado de Polícia e a relação entre a Polícia Civil e o Poder Judiciário.
O evento foi realizado na Escola da Magistratura do Paraná/EMAP e foi organizado pelo Juiz de Direito e Coordenador-Geral de Cursos da EMAP, Dr. Luciano Campos de Albuquerque, tendo como objetivo principal ambientar e discutir questões importantes com os 53 novos juízes de nosso estado.
Antes da palestra, o Delegado Rafael Vianna e o Juiz de Direito Dr. Luciano Campos de Albuquerque trocaram livros, já que Vianna é autor do livro Diálogos sobre segurança pública: o fim do estado civilizado e Luciano é autor do livro O Exercício dos Direitos dos Incapazes: uma leitura a partir dos Princípios Constitucionais (J.M. Editora).


http://www.emap.com.br/?conteudo=interno&codigo=1222&nucleo=1