domingo, 9 de dezembro de 2012

Delegado Rafael Vianna profere palestra para Guarda Municipal de Curitiba

Delegado Rafael Vianna profere palestra sobre "As três grandes áreas da segurança pública" durante evento de encerramento do ano da Guarda Municipal Mirim.
O Projeto Guarda Municipal Mirim é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Defesa Social de Curitiba e conta com a participação voluntária de diversos guardas municipais.
Tendo como objetivo integrar crianças, jovens, pais e a escola, o projeto ocorre desde 2004 em diversas escolas da rede pública municipal de ensino.
Com certeza uma ação que merece ser divulgada e ampliada, pois trabalha os sentimentos de dever, disciplina e autovalorização de crianças que, muitas vezes, não têm nada.
Parabéns aos Guardas Municipais que desempenham esse importante trabalho junto com nossas crianças e adolescentes.
Como o site da Associação dos Guardas Municipais de Curitiba explica: (http://www.agmuc.com.br/?p=655)
"O Movimento visa contribuir para que os jovens assumam seu auto-desenvolvimento, especialmente do caráter, ajudando-os a realizar suas potencialidades físicas, intelectuais, sociais, afetivas e espirituais, para o exercício da cidadania, tornando-os cidadãos disciplinados, responsáveis, atuantes e úteis à sua comunidade.
Esta experiência deu tão certo que outras escolas começaram a solicitar a implantação do programa. Hoje contamos com a Guarda Municipal Mirim funcionando em 38 escolas municipais, beneficiando mais de 3 mil alunos.
Para a implantação do programa é necessário que o Guarda Municipal da escola seja voluntário para esta atividade, também haja interesse e apoio da direção e do corpo docente, bem como aceitação por parte dos pais e participação de voluntários.
As atividades acontecem uma vez por semana conforme disponibilidade de cada escola, com duração de 2 horas, sendo uma turma no período da manhã e outra à tarde, sempre no contra-turno escolar. São coordenadas pelo próprio Guarda Municipal da escola, que atua voluntariamente no programa como Coordenador Disciplinar ou instrutor, sem comprometer suas atribuições legais. São realizadas também atividades extras, como passeios, acampamentos e acantonamentos.
Cada turma da Guarda Mirim tem no máximo 40 integrantes. Devido a grande procura, foi necessário implantar um processo de seleção, composto de uma prova de conhecimentos gerais, teste físico e avaliação da pedagoga da escola.
A idade dos alunos varia entre 07 a 18 anos e são divididos por faixa etária. Cada faixa etária corresponde a uma graduação, iniciando como aspirante a Guarda Mirim podendo chegar até a Inspetor Coronel. A cada 6 meses é efetuado o processo seletivo de promoção, de acordo com o número de vagas disponível em cada escola."

Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas no site da Secretaria Municipal de Defesa Social de Curitiba (http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/guarda-municipal-mirim-smds-secretaria-municipal-da-defesa-social/99) e no site da Associação dos Guardas Municipais de Curitiba (AGMUC) (http://www.agmuc.com.br/?p=655).
Site AGMUC

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Rafael Vianna toma posse na Academia de Cultura de Curitiba


Rafael Vianna é o mais novo Acadêmico da ACCUR (Academia de Cultura de Curitiba), entidade idealizada e fundada por Ivo Arzua Pereira, com o objetivo de congregar intelectuais e artistas que possam estimular e expandir a cultura paranaense.
Com a publicação de seu 2º livro, "A Melhor Maneira de Viver: inquietações da razão humana", Vianna foi convidado a participar como Acadêmico Efetivo da ACCUR, possibilitando o intercâmbio e a expansão dos conhecimentos intelectuais, culturais e científicos que marcam a Academia.
Com 20 anos de existência e sede no prédio do Círculo de Estudos Bandeirantes, na Rua XV de Novembro, em Curitiba, a ACCUR promove encontros periódicos entre seus Acadêmicos, os quais desenvolvem atividades literárias, musicais, históricas, filosóficas, poéticas, de artes visuais, dentre outras.

 

domingo, 25 de novembro de 2012

Reflexões sobre armas de fogo: Documentário "Armados"

O documentário Armados, do cineasta Rodrigo Mac Niven, está disponível na íntegra no youtube e no site do Canal Futura, onde foi lançado.
O documentário possibilita reflexões interessantes sobre as armas de fogo, suas consequências e seu impacto na segurança pública.
Nos minutos 32/33 do filme, existe uma importante ponderação do Delegado Orlando Zaccone, a qual considero fundamental ser observada.
Recomendo que todos os interessados em segurança pública (ou seja, todos que vivem em sociedade) assistam.
Abaixo o texto de apresentação do documentário, disponível no site do Canal Futura (http://www.futura.org.br/blog/2012/06/06/confira-na-integra-o-documentario-armados-vencedor-do-segundo-doc-futura/)

Agora você pode assistir na íntegra o documentário Armados, vencedor do 2º Doc Futura – pitching promovido em 2011 pelo Canal Futura, que promove uma reflexão sobre o desarmamento civil, a partir de entrevistas com representantes de diferentes segmentos sociais: policiais, especialistas e parentes de vítimas do tiroteio na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo. O documentário, lançado no Canal Futura, em 19 de abril, revela dados impressionantes sobre o universo das armas.
Ao apresentar diferentes opiniões, a narrativa, costurada pelo cineasta Rodrigo Mac Niven, também autor do documentário Cortina de Fumaça (2010), estimula um debate sobre o impacto da violência armada na população brasileira. Para o diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, Vinicius Cavalcante, a comercialização de armas permite que os indivíduos exerçam o direito à autoproteção. “A posse de armas de fogo é garantida pela constituição brasileira”, lembra. Em oposição, a titular da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae), Barbara Bueno, defende o desarmamento voluntário e pondera: “A arma não é para defesa, ela serve para atacar”.
O filme aborda temas como: a reforma das polícias, a consolidação de dados sobre segurança pública visando à melhoria das políticas em desenvolvimento, a proibição da venda de armas de fogo aos cidadãos e, principalmente, a cultura da violência na sociedade contemporânea. Assista ao vídeo na íntegra e participe deste debate, deixando um comentário sobre o tema!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

"Delegado é pra soltar: as ideias incendiárias de um policial pacifista" - Reportagem Revista Piauí

Já faz mais de um ano que li a reportagem da Revista Piauí intitulada "Delegado é pra soltar: as ideias incendiárias de um policial pacifista", escrita por Bernardo Esteves. 
Na reportagem, são apresentadas algumas ideias do Delegado de Polícia Civil do Rio de Janeiro Orlando Zaccone, o qual tem uma visão muito clara e coerente da criminalidade e da violência.
Resolvi divulgar só agora a reportagem em meu blog, porque neste período de um ano e meio acompanhei outras entrevistas e outros trabalhos do Delegado Orlando Zaccone, o qual passei a admirar e respeitar.  
Apresento as ideias do ilustre Delegado Zaccone como forma de contribuir para discussões atuais, como o papel das polícias, a regulamentação das drogas e a escalada da violência urbana. 

Delegado é pra soltar: as ideias incendiárias de um policial pacifista
por Bernardo Esteves
Revista Piauí, Edição 58

No Sábado de Aleluia, um funcionário das Lojas Americanas chegou à 32ª Delegacia de Polícia do Rio, em Jacarepaguá, trazendo uma mulher pelo braço. Ela fora presa em flagrante, tentando roubar um ovo de Páscoa dos grandes, o de número 17. Ambos foram levados à presença de Orlando Zaccone, o delegado de plantão. Ao ouvir o relato do caso, o policial não hesitou: perguntou ao funcionário o valor do ovo, sacou a carteira e ressarciu ali mesmo o prejuízo, dispensando o troco. A mulher passou a Páscoa em liberdade, comendo ovo.
O episódio ilustra os princípios de Zaccone, agora titular da 18ª DP, na Praça da Bandeira. “A função do delegado não é prender”, ele costuma dizer nas aulas que dá num curso de formação de policiais civis. “Dar voz de prisão em caso de flagrante qualquer um pode, como diz o artigo 301 do Código de Processo Penal. A verdadeira função do delegado é soltar”, conclui o raciocínio, para pasmo da audiência.
Para soltar a mulher que roubara o ovo de Páscoa, Zaccone aplicou o princípio da insignificância. “O patrimônio da loja foi ofendido de forma insignificante, então o direito penal não tem que atuar”, explicou o delegado, um moreno sorridente de 47 anos. Ele é um defensor do chamado direito penal minimalista, que procura evitar, sempre nos limites da lei, a repressão e a punição.
Zaccone chamou a atenção da imprensa logo que entrou para a polícia, em 1999. De afogadilho, foi rotulado como o delegado hare krishna, por ser adepto dessa corrente do hinduísmo. Na juventude, chegou a viver numa comunidade de jovens que se vestiam a caráter e seguiam à risca os preceitos da religião, que incluem o vegetarianismo estrito e a proibição de qualquer droga – da cafeína para baixo, nada é permitido.
O delegado continua ligado à religião. Faz parte do conselho administrativo do Movimento Hare Krishna do Rio e frequenta o templo de Itanhangá, na Barra da Tijuca. Mas tente falar de espiritualidade e ele logo trará a conversa de volta para a segurança pública.
As convicções religiosas, garante Zaccone, não se misturam com sua atuação profissional, ainda que ele enxergue uma interseção possível. “O anseio de justiça é o que aproxima os dois campos”, filosofou, enquanto piscava para um subalterno que o aguardava à porta do gabinete, pedindo que esperasse um pouco mais.
Zaccone abespinhou-se com a imagem deixada naquelas primeiras reportagens. “Fui desqualificado como delegado por ser hare krishna e, dentro do movimento, fui condenado pelas minhas ideias.” O que o indispôs com os correligionários foi sua posição liberal em relação às drogas. O delegado é integrante do braço brasileiro do Leap, sigla para Law Enforcement Against Prohibition, movimento que reúne policiais, juízes, desembargadores e agentes penais que denunciam, como afirmam, “a falência das atuais políticas de drogas”.
O Leap defende a legalização ampla – ou seja, não só do consumo das drogas, como também da sua produção e comércio. O delegado faz questão de demarcar a diferença entre a sua posição e a defesa da descriminalização do consumo. “Esse é o campo de atuação do Fernando Henrique e daquela turma toda”, desdenhou. “Mas é uma ingratidão dos usuários quererem ter a liberdade de consumir as drogas enquanto aqueles que as fornecem estão encarcerados ou mortos.”
O gabinete de Zaccone é uma sala apertada no 2º andar da delegacia. Sobre sua mesa, jazem objetos de escritório, dossiês de investigação, dois livros, os jornais do dia e a lista de aniversariantes da 18ª DP no mês de maio. De tempos em tempos, um funcionário entra para pedir sua rubrica num ofício. O delegado trajava terno preto e gravata grená, com nó já frouxo ao fim da tarde.
Apesar das ideias de Zaccone, a DP sob seu comando não foge ao padrão das delegacias do Rio. Ele costuma criticar a polícia por selecionar os crimes passíveis de punição pelo sistema penal. “A maioria dos mais de 500 mil presos no Brasil está detida por não mais de quinze crimes, embora o Código Penal preveja uns 300”, compara. Na 18ª DP não é diferente: as detenções registradas são por roubo, estupro, homicídio e tráfico de drogas. Não há prisões, por exemplo, por prática do aborto, sonegação de impostos ou lavagem de dinheiro.
Da mesma forma, o princípio de insignificância tem pouco impacto nas estatísticas da delegacia. No mês de abril, foram registradas ali dezessete prisões, doze das quais feitas por policiais da própria delegacia. O número é mais que o dobro da meta estipulada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública – cinco presos pela equipe de cada delegacia.
Zaccone sabe que não vai conseguir mudar o mundo sentado em sua cadeira de delegado. “Não é o policial que decide prender só negros e favelados”, ponderou, sem medo de repetir clichês. A atuação da polícia, para ele, apenas reflete a estrutura da sociedade. “Sou só uma engrenagem no sistema, que envolve o Poder Judiciário, o aparato prisional, o discurso midiático punitivo. É todo um modelo de controle social.” A contaminação do vocabulário de Zaccone pelo jargão sociológico não é fortuita. O delegado é um acadêmico. Tem mestrado em ciências penais e está cursando o doutorado em ciência política na Universidade Federal Fluminense. Espera defender sua tese no final de 2012.
Ele enxerga a universidade como válvula de escape, assim como seu envolvimento com o Leap e com a ONG que criou com Marcelo Yuka para promover projetos sociais e culturais junto à população carcerária do Rio. “Se eu ficar somente aqui na delegacia botando a máquina para funcionar, piro”, disse.

Depoimento do Delegado Orlando Zaccone para o Projeto Prisioneiros da Drogas

sábado, 3 de novembro de 2012

Indicação de Leitura: Livro "A Reportagem", de Bettina Souza

Decidi iniciar uma nova seção em meu blog: indicação de leitura. Neste espaço indicarei bons romances policiais e livros que tratem da atividade policial, investigativa ou da criminalidade. 
E comecei bem!
Esta semana, com feriado na sexta-feira, comecei e terminei de ler o livro "A Reportagem", da autora paranaense Bettina Souza Muradás. 
Bettina nasceu em Curitiba, é jornalista, empresária e escritora.
"A Reportagem" é um romance policial de leitura veloz, com uma trama investigativa cheia de  mistérios e detalhes reais, o que nos impede de parar de ler.


O romance conta a história de Gisele Coelho, uma jornalista do Jornal Gazeta de Curitiba que recebe uma informação sobre possíveis fraudes financeiras envolvendo poderosos políticos brasileiros. Em busca de uma grande reportagem, Gisele vai para Nova York, onde contrata Matthew Newmann, um especialista em investigações de lavagem de dinheiro, corrupção e fraudes financeiras.
Gisele e Matthew vivem um romance durante as buscas que originam o "Dossiê Cayman", uma série de reportagens que revela detalhes do poder, da vida pública brasileira e que podem derrubar o Presidente da República.
Um livro que recomendo para quem gosta de romance policial! Bem escrito, de leitura prazerosa, com uma mistura interessante de ficção e realidade.
No link http://www.video.pr.gov.br/?video=2056, pode-se assistir a uma entrevista com a autora, exibida no Programa E-Cultura, de 07/11/2011.
O livro pode ser adquirido nas principais livrarias:

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Zecão já treina com nova canoa

O atleta paraolímpico Zecão já pode treinar em sua nova canoa na raia de remo e canoagem do Parque Iguaçu, na divisa entre Curitiba e São José dos Pinhais.
Antes

Depois
O jantar que ajudou a arrecadar fundos para pagar a canoa doada ao atleta foi modesto, mas foi uma importante colaboração para o pagamento da canoa, que custa aproximadamente R$ 4.000,00.
Agradeço a todos que participaram dessa ação entre amigos que arrecadou parte do valor para a aquisição da canoa.
Cada pessoa foi muito importante e agora já podemos ver o atleta Zecão treinar "dentro da água".
A felicidade está estampada em cada gesto.
O treinamento para crianças e adolescentes (contrapartida da doação) já vem ocorrendo, o que nos deixa muito satisfeitos.
Obrigado a todos que ajudaram!
O evento foi divulgado no Programa A Cidade e Você de Bem com a Vida, do jornalista e amigo Johnny Chemberg.


Obrigado Johnny, Dr. Pedro Michelotto e Luiz Carlos pela divulgação e apoio.
http://globoesporte.globo.com/platb/pr-torcedor-coritiba/2012/10/01/zecao-atleta-paraolimpico-exemplo-de-dedicacao/

domingo, 21 de outubro de 2012

"A pobreza é o pior tipo de violência" - Entrevista com Arun Gandhi

A entrevista com o neto e herdeiro do legado de Mahatma Gandhi, Arun Gandhi, concedida à Revista Época (Margarida Telles), tem trechos simplesmente memoráveis.
As afirmações sobre como precisamos nos sentir culpados quando fazemos algo errado e como devemos repensar a educação de nossas crianças foram as passagens que mais chamaram a minha atenção. Por isso, divido a entrevista neste espaço.

Foto: Julio Vilela

Entrevista Revista Época
Por Margarida Telles

Arun Gandhi: “A pobreza é o pior tipo de violência”
O herdeiro do legado de Gandhi continua a pregar a não-violência e diz que hoje as crianças são criadas para se tornarem egoístas
Arun Gandhi, de 78 anos, é o quinto neto de Mohandas “Mahatma” Gandhi, líder do movimento pela não-violência. Arun nasceu na África do Sul e durante a infância sofreu agressões de brancos e de negros por ter traços indianos. Em 1946, foi morar com Mahatma Gandhi, com quem aprendeu sobre pacifismo. Hoje, ele é o maior divulgador da filosofia de seu avô e comanda um instituto de educação pela não-violência na Índia. Arun conversou com ÉPOCA durante a sua estadia em São Paulo, onde participou de um encontro de jovens e professores, realizado pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade, a Fundação Tide Setubal e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária.

ÉPOCA – O senhor dirige um instituto de educação. O que é mais importante na formação de uma criança?
Arun Gandhi – Atualmente as crianças só aprendem a ganhar dinheiro e ter uma carreira. Isso não é o bastante. Precisamos ensiná-las sobre a vida, sobre elas mesmas e como elas podem se tornar pessoas melhores. O modo como disciplinamos as crianças também está errado. Plantamos as sementes da violência nelas quando as punimos por algo que fizeram de errado. Isso vai lhes dar a ideia de que qualquer pessoa que faz algo errado precisa ser punida.
ÉPOCA – Como educar as crianças para que elas sejam disciplinadas sem o castigo?
Arun Gandhi – Na não-violência, substituímos os castigos pelas penitências. Eu não era punido quando fazíamos algo errado. Meus pais jejuavam por um ou dois dias e me explicavam que não estavam comendo porque falharam em minha educação. Desse modo eles me mostravam o amor, não a violência.
ÉPOCA – Esse método não gerava muita culpa?
Arun Gandhi – Sim, gerava culpa para todos. Mas se você faz algo errado, precisa sentir-se culpado, ou nunca mudará.
ÉPOCA – Como foi a sua infância?
Arun Gandhi – Foi muito diferente, porque nunca frequentei a escola. Fui educado pelos meus pais e por tutores. Mesmo não tendo ido para a escola, eu tenho sete especializações.
ÉPOCA – Deveríamos educar as crianças em casa?
Arun Gandhi – Enquanto o nosso sistema educacional for tão inadequado, enviar as crianças para a escola não faz muito sentido. Acho que se os pais forem qualificados, seriam os melhores professores. Infelizmente hoje a única interação entre pais e filhos costuma ser quando eles voltam para casa do trabalho e estão tão cansados que mal conseguem dar atenção para as crianças. Nessa atmosfera, como podemos criar boas crianças, que tenham amor e respeito?
ÉPOCA – O senhor diz que a pobreza é o pior tipo de violência. Como pode ser pior que a violência sexual ou a discriminação?
Arun Gandhi – Outros tipos de violência tendem a ser imediatos e de curta duração. Já a pobreza é algo com o que as pessoas têm que conviver dia e noite, por isso a considero o pior tipo. Infelizmente, como seres humanos civilizados nós ignoramos a pobreza, achamos que não é da nossa conta. Ainda existe a ideia de que as pessoas são pobres por serem estúpidas, incapazes, e que não há nada a se fazer. Somos egoístas.
ÉPOCA – Em um mundo no qual a violência domina tantos aspectos da nossa vida, como convencer as pessoas a não revidar o que recebem dos outros?
Arun Gandhi – Isso acontece naturalmente quando as pessoas começam a viver em paz. Existe uma história de um homem que vivia sozinho e nunca limpava sua casa. Um dia ele conheceu uma moça, que lhe deu uma rosa. Ele levou a rosa para casa, mas não achou um vaso limpo. Precisou lavar a louça para encontrá-lo. Depois, ele não tinha um lugar para expor a rosa, e limpou uma mesa para colocá-la. Ele então notou que só a mesa limpa no quarto sujo destoava, e limpou o quarto. Eventualmente, toda a casa estava limpa. Isso tudo por causa de uma rosa. Do mesmo modo, se uma pessoa se torna pacífica em uma comunidade, ela afeta todos à sua volta.
ÉPOCA – O senhor diz que precisamos primeiro mudar nós mesmos para depois mudar o mundo. Isso não levaria muito tempo?
Arun Gandhi – A não ser que a gente mude, não podemos fazer outras pessoas mudarem. Ninguém está isento. Uma vez meu avô foi procurado por um casal com um filho pequeno que não podia comer doces. Ele não obedecia a proibição, pois via seus pais comerem doces. O casal levou o menino ao meu avô, pedindo sua ajuda, e ouviram para retornar em duas semanas. Na data combinada, o meu avô falou em particular com o menino por menos de um minuto, e ele parou de comer doces. Os pais ficaram chocados, e quiseram saber que tipo de milagre aconteceu. Meu avô explicou que o motivo do prazo de duas semanas era para que ele próprio parasse de comer doces, pois só assim poderia pedir o mesmo ao menino. Se a gente não praticar o que queremos que os outros aprendam, eles não vão aprender. Se a gente viver em paz, então os outros poderão viver em paz.
ÉPOCA – O senhor mudou algo na teoria da não-violência elaborada pelo seu avô?
Arun Gandhi – Para qualquer filosofia manter-se viva ela tem que passar por mudanças. Não dá pra se apegar a tudo o que ele disse, porque coisas que lhe pareciam verdadeiras há 50 anos já não fazem sentido hoje. Quando ele escreveu a sua biografia, se colocava contra qualquer tecnologia. Na época, a tecnologia desenvolvida estava substituindo o homem por máquinas, para maximizar o lucro. Algumas tecnologias mudaram desde então. Provavelmente se ele tivesse vivo hoje aprovaria certas novidades. Aposto que ele teria usado a internet para ajudar a espalhar a sua mensagem.
ÉPOCA – O senhor viu alguma vez o seu avô bravo?
Arun Gandhi – Nunca. Uma época ele precisava angariar fundos para o seu trabalho social e resolveu cobrar pelos seus autógrafos. As pessoas lhe entregavam os livros com o dinheiro dentro, e ele assinava. Um dia, decidi que também queria um autógrafo. Como eu não tinha nenhum dinheiro, apenas coloquei meu livro na pilha com os outros. Quando ele chegou no livro, perguntou por que não tinha dinheiro dentro, e eu disse “porque é meu”. Ele falou que não abria exceções nem para os netos. Protestei, disse que para mim seria de graça. Ele riu e falou “está bom, vamos ver quem ganha”.
A partir de então, sempre que ele se reunia com autoridades políticas eu entrava na sala e esfregava o meu livro na sua cara, exigindo o autógrafo. Achei que só para se livrar de mim ele cederia. Mas tudo o que ele fazia era tapar minha boca com uma mão, colocar sua outra mão no meu peito e continuar a conversa com as outras pessoas. Ele nunca me deu o seu autógrafo e nunca perdeu a paciência comigo.
ÉPOCA – O senhor sempre consegue manter a calma?
Arun Gandhi – Eu não chego nem perto dele. Mas tento seguir seu exemplo. Ainda tenho um longo caminho.
ÉPOCA – As comparações com o seu avô incomodam?
Arun Gandhi – Eu tinha dificuldade quando era adolescente, e uma vez disse pro meu pai que não sabia como ia conseguir viver com isso. Ele me respondeu que eu tinha duas opções. Poderia encarar esse legado como um fardo, que ficaria cada vez mais pesado. Ou poderia encará-lo como uma luz que orientaria o meu futuro. Foi o que fiz.
ÉPOCA – Quando o seu avô foi assassinado, o senhor sentiu raiva? Quis vingar-se?
Arun Gandhi – Eu tinha 14 anos quando ele foi assassinado. No momento em que recebi a notícia, fiquei furioso e disse para os meus pais que queria estar lá para estrangular a pessoa que fez aquilo. Meus eles me lembraram das lições que meu avô me ensinou, e disseram que ele não aprovaria tal pensamento vingativo. No lugar, ele iria querer que eu dedicasse a minha vida para impedir que esse tipo de violência desmedida não proliferasse. Eles me ajudaram a entender minhas emoções e a perdoar a pessoa que matou meu avô. Acabei dedicando minha vida a combater a violência.

sábado, 13 de outubro de 2012

Lições para nossas crianças - Corrente da Gentileza

Recebi um e-mail com indicação de um vídeo no youtube: vírus da gentileza.
Pesquisei sobre seu autor e descobri a Life Vest Inside, uma organização que tenta difundir a bondade http://lifevestinside.com/.
Recomendo que assistam ao vídeo junto com as crianças, pois a bondade, como sempre digo, é uma escolha, que exige consciência, prática e decisão em todos os momentos.
Incentivando a cortesia e atitudes solidárias, podemos formar uma cultura de paz que transforme a nossa sociedade.
Vamos tentar!
"A simpatia não diminui em nada a valentia"
Observem as atitudes simples e a beleza da letra da música.

sábado, 6 de outubro de 2012

Blog Policiamento Inteligente - Pessoas que fazem a diferença para um mundo melhor


Viajei algumas vezes para Brasília este ano, às vezes para reuniões e outras para cursos. Em uma dessas vezes, conheci o Policial Militar do Distrito Federal Aderivaldo Cardoso, criador do blog Policiamento Inteligente. 
Aderivaldo é um exemplo de boa vontade, inteligência, empenho e superação. Pensador da segurança pública e da nossa sociedade, tem uma visão excelente sobre como podemos e devemos resolver os problemas que nos atingem, sejam eles de ordem social, pessoal ou institucional.
Formado em Arquivologia pela UNB, Policial Militar do DF desde 1.999, acadêmico de Direito na Universidade Católica de Brasília, Aderivaldo Cardoso também é escritor e autor do livro Policiamento Inteligente: uma análise dos postos comunitários no Distrito Federal (capa no início deste post).
O seu blog Policiamento Inteligente é o reflexo de sua pessoa, pois trata de questões atuais e cruciais para melhorarmos as polícias, a administração pública e a sociedade.
Recomendo que todos acessem e leiam o seu blog http://aderivaldo23.wordpress.com, pois assuntos importantíssimos são abordados, com textos que podem ampliar nossos conhecimentos sobre gestão, liderança, ferramentas administrativas, planejamento estratégico, mudanças, cultura organizacional, policiamento e segurança pública.
O que mais gosto no blog é sua metodologia bem delineada e as lições que nos oferece sobre gestão e planejamento da mudança social.
Apresento abaixo parte da apresentação do blog escrita por Aderivaldo, que pode ser lida na íntegra no espaço Boas Vindas (http://aderivaldo23.wordpress.com/boas-vindas/):
 O Blog Policiamento Inteligente foi criado dentro de uma visão filosófica. Ele tem o objetivo de fomentar discussões em busca da eficiência e eficácia da Polícia em todo território nacional. A primeira “semente de jequitibá”, como diria um amigo, foi plantada no DF com uma monografia, que se tornou livro e difundiu o pensamento.
Nada nesse espaço acontece por acaso. Ele segue uma linha metodológica e gira em torno de um eixo de discussão, normalmente: filosofia comunitária, mediação de conflitos, liderança, mobilização comunitária, além de reflexões políticas que geram conflitos internos para gerar um pensamento crítico no policial. Segundo Georg Simmel a ausência de conflito pode ser um forte indício de DOMINAÇÃO. Para mim, o conflito provocado nesse espaço, pode gerar mudanças!
A linha de construção do pensamento adotada aqui é: PALAVRAS GERAM PENSAMENTOS, QUE GERAM SENTIMENTOS, QUE POR SUA VEZ GERAM AÇÃO, por isso é necessário escrever com o coração, pois quem toca o coração das pessoas, toca a alma, toca a mente!
Durante os próximos três meses estarei fazendo um exercício de NEUTRALIDADE e IMPARCIALIDADE, precisarei fortalecer o meu domínio próprio nesse sentido. Muitos companheiros que poderiam se tornar fortes lideranças dentro da corporação se perderam no caminho. Foram cooptados pelo “convite” sedutor para se lançarem candidatos. Não temos lideranças maduras em nossa instituição, colheram as verdes que começavam a florescer. Tentaram fazer o mesmo comigo, mas graças a Deus consegui resistir a tentação do poder.
Como disse no início, o objetivo do blog é outro. Não é um instrumento político a serviço de alguns. É um instrumento filosófico em busca da mudança interior que gera a mudança institucional. Não abrirei mão disso.

domingo, 30 de setembro de 2012

Delegado Rafael Vianna discute Cibercultura e Controle Social na Faculdade Dom Bosco


O Delegado Rafael Vianna participou, durante a Semana Acadêmica do Curso de Direito da Faculdade Dom Bosco, organizada pelo Centro Acadêmico Sílvio de Salvo Venosa, de uma mesa redonda que discutiu cybercultura e controle social.
Refletindo sobre como as tecnologias atuais possibilitam uma intensa comunicação e troca de informações entre as pessoas, ao mesmo tempo em que geram um afastamento interpessoal crescente, Vianna abordou temas sobre como a cibercultura influencia a segurança pública, a criminalidade e os meios de controle de massa.

O que é cibercultura?
O próprio termo Cibercultura tem vários sentidos. Mas se pode entender por Cibercultura a forma sociocultural que advém de uma relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas surgidas na década de 70, graças à convergência das telecomunicações com a informática. A cibercultura é um termo utilizado na definição dos agenciamentos sociais das comunidades no espaço eletrônico virtual. Estas comunidades estão ampliando e popularizando a utilização da Internet e outras tecnologias de comunicação, possibilitando assim maior aproximação entre as pessoas de todo o mundo. Este termo se relaciona diretamente com à dinâmica Política, Antropo-social, Econômica e Filosófica dos indivíduos conectados em rede, bem como a tentativa de englobar os desdobramentos que este comportamento requisita.
A Cibercultura não deve ser entendida como uma cultura pilotada pela tecnologia. Na verdade, o que há na era da cibercultura é o estabelecimento de uma relação íntima entre as novas formas sociais surgidas na década de 60 (a sociedade pós-moderna)e as novas tecnologias digitais. Ou seja, a Cibercultura é a cultura contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais. Ela é o que se vive hoje. Home banking, cartões inteligentes, voto eletrônico, pages, palms, imposto de renda via rede, inscrições via internet, etc. provam que a Cibercultura está presente na vida cotidiana de cada indivíduo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

CONVITE PARA AJUDAR

Prezados Amigos,
conheci há algum tempo o modesto Clube de Canoagem e Paracanoagem São José dos Pinhais, no Parque Iguaçu, na divisa entre Curitiba e São José dos Pinhais.
Lá conheci o Zecão, um atleta paraolímpico que treina para as mais disputadas competições nacionais e internacionais sem uma canoa. 
Todos os dias Zecão senta ao lado do rio, em um pedaço de isopor, e rema horas e horas para treinar. A situação não é diferente para outros atletas, que muitas vezes representam o Brasil em eventos mundiais.
Diante dessa situação, um grupo de amigos decidiu adquirir uma canoa havaiana adaptada para ser doada aos atletas paraolímpicos que treinam no Parque Náutico Iguaçu.
A raia de remo e canoagem do Parque Iguaçu é considerada uma das melhores do mundo e já foi o local escolhido para o treinamento da seleção brasileira de canoagem, além de já ter sido palco de diversas competições. 
Em um momento em que eventos políticos são realizados para arrecadar fundos para campanhas, realizaremos um jantar, sem qualquer vínculo ou objetivo político- partidário, para arrecadar recursos para o pagamento do barco que será doado ao Clube Náutico de São José dos Pinhais.
A única contrapartida exigida dos beneficiários será que oportunizem atividade esportiva e treinamento para crianças e adolescentes carentes.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Delegado Rafael Vianna ministra palestra para Cadetes da Academia Policial Militar do Guatupê

 Como parte do 1º Ciclo de Palestras da Academia Policial Militar do Guatupê/Escola Superior de Segurança Pública/Escola de Oficiais, o Delegado Rafael Vianna proferiu palestra sobre as três grandes áreas da segurança pública.
Durante o evento, Vianna e mais de 250 futuros Oficiais da Polícia Militar do Paraná refletiram e discutiram sobre segurança pública, seus problemas e possíveis soluções. 

"A iniciativa da Academia Policial Militar do Guatupê deve ser louvada, pois são em momentos como estes que podemos refletir sobre as questões mais difíceis e complexas da segurança pública. Gostei muito de conversar com os cadetes e futuros oficiais da PM. Uma turma muito coesa, preocupada com o futuro da sociedade e disposta a participar da mudança. Conseguimos abordar questões de ordem prática e também filosófica. Agradeço ao Comandante da Academia do Guatupê, Tenente-Coronel Carneiro pela oportunidade", comentou Rafael Vianna.
Após o evento, o Delegado Rafael Vianna presenteou o Comandante da APMG, Ten.-Cel. Carneiro, com seus dois livros, além de doar exemplares para a biblioteca da Academia e sortear entre os alunos/cadetes que participaram do evento. 

domingo, 9 de setembro de 2012

FOTOS LANÇAMENTO LIVRO "A MELHOR MANEIRA DE VIVER: INQUIETAÇÕES DA RAZÃO HUMANA"

Demorou, mas enfim consegui disponibilizar algumas fotos do lançamento do meu segundo livro, "A Melhor Maneira de Viver: inquietações da razão humana".



domingo, 2 de setembro de 2012

"SE A LEI NÃO FOR APLICADA, NÃO FAZ SENTIDO AUMENTAR A PENA" - Texto Luiz Flávio Gomes

Se a lei não for aplicada, não faz sentido aumentar a pena.

Pedir mais penas para reduzir a impunidade desses crimes significa não conhecer o problema criminal, tampouco a lógica do (não) funcionamento da Justiça criminal no Brasil

Texto de Luiz Flávio Gomes

Os casos de homicídio, latrocínio e sequestro com morte deveriam ter pena de 50 anos, consoante postulação de alguns promotores de São Paulo (O Estado de S. Paulo de 27.7.12, p. C4). Pedir mais penas para reduzir a impunidade desses crimes significa (a) não conhecer o problema criminal (em toda sua extensão real e empírica) nem tampouco a lógica do (não) funcionamento da Justiça criminal no Brasil ou (b) conhecer tudo isso e pedir mais pena apenas para satisfazer os instintos de vingança ou para demagogicamente agradar a população (e setores da mídia).
Há 30 anos se pede e se faz a mesma coisa (aumento de pena, mais policiais, mais presídios, mais viaturas, mais juízes, mais prisões etc.) e a criminalidade só aumenta: em 1979 tínhamos 9,4 homicídios para cada 100 mil habitantes, contra 27,3 em 2010 (Fonte: Datasus e Instituto Avante Brasil). Se os promotores querem mesmo reduzir a impunidade, o que parece bastante louvável, três coisas devem ser feitas: (a) combater o crime organizado (não há notícia de que o Estado brasileiro, em toda a sua existência, tenha extirpado alguma organização criminosa); (b) lutar por maior efetividade da Justiça criminal; e (c) ajudar a desenvolver um amplo programa de prevenção do delito e da marginalização social.
A impunidade, no entanto, não se combate com aumento da pena, sim, com a certeza da sua aplicação e execução (isso Beccaria já dizia em 1764). Em suma: a impunidade se combate com efetividade. Ocorre que o índice de efetividade da Justiça criminal brasileira é baixíssimo (e é aqui que está o grave problema que deveria ser enfrentado primordialmente pelos promotores).
Em 31 de dezembro de 2007, havia 143 mil inquéritos de homicídios parados nas delegacias (por falta de tudo: estrutura material, policiais, polícia técnica sucateada, falta de serviço de inteligência etc.). Para o Conselho Nacional do Ministério Público, o número é maior: 158.319 (dados fornecidos pelo CNMP, no dia 10.5.11).
Fez-se um mutirão (governo, Justiça e Ministério Público) para atacar essa causa evidente da impunidade. Fracasso quase absoluto! O objetivo era concluir cerca de 143 mil inquéritos que foram abertos pelas polícias civis até 2007, mas apenas 20% do total chegou ao fim e, desses, foi muito baixo o índice de denúncia (Folha de S. Paulo de 23.2.12).
Enquanto a lei vigente não for aplicada, é ilógico se postular aumento de pena. Para que aumentar a pena se o sistema não está funcionando bem? De cada 100 homicídios no Brasil apenas oito são devidamente apurados (autoria e circunstâncias do crime). Essa é a estimativa de Julio Jacobo Waiselfisz, que é coordenador da pesquisa Mapas da Violência 2011, divulgada pelo Ministério da Justiça (O Globo de 9.5.11, p. 3).
Mas nem todos os crimes apurados resultam em condenação. No final, cerca de 4% ou 5%. Em alguns estados (Alagoas, por exemplo), o índice de solução de homicídios não passa de 2%.
Um dos primeiros filtros da impunidade reside precisamente na investigação do crime. A Polícia brasileira não conta com boa infraestrutura, grande parte dos policiais está desmotivada, na Polícia existe muita corrupção, a Polícia técnica está sucateada, faltam policiais ou auxiliares etc.: tudo isso explica o baixo índice de apuração dos crimes. O Ministério Público deveria exercer o controle externo da Polícia e tentar solucionar todos esses crônicos problemas. Na prática, o controle externo não vem funcionando. Como nada funciona, mais reivindicação de aumento de pena!
A situação de abandono e de inércia é generalizada, inclusive nos estados que estão apresentando diminuição no número de mortes: São Paulo e Rio de Janeiro. No RJ existem 60 mil inquéritos de homicídios, instaurados até 31 de dezembro de 2007.
São 27, 3 homicídios (média nacional) por 100 mil habitantes. Acima de 10 a ONU considera como epidemia. Vivemos uma grande epidemia de violência no nosso país (que ocupa o 20º lugar no ranking mundial).
A sensação de impunidade é muito grande e isso, claramente, estimula o cometimento de novos crimes. O velho modelo investigativo brasileiro, fundado na confissão e nas testemunhas, está esgotado. É preciso estruturar a Polícia brasileira para fazer investigações técnicas e inteligentes. Do contrário, continuaremos no ranking dos países mais violentos do mundo, dizimando vidas preciosas, o que gera forte impacto não só nas famílias das vítimas, senão também inclusive na economia nacional.
A impunidade generalizada, tanto dos grandes como dos pequenos crimes, assim como das infrações administrativas, civis, de trânsito etc., constitui um dos termômetros da decadência das sociedades democráticas, fundadas na divisão de poderes e no império do ordenamento jurídico (lei, constituição e tratados internacionais).
A cultura da impunidade acoberta não só os pequenos delitos senão, sobretudo, os crimes violentos (especialmente os praticados pelos próprios agentes do Estado, destacando-se os policiais militares) assim como os cometidos por grandes corporações, por partidos políticos ou agentes públicos, que protagonizam desonestidades perversas, assim como malandragens insidiosas e cotidianas, típicas dos colarinhos brancos.
Luiz Flávio Gomes é advogado, professor, fundador da Rede de Ensino LFG e diretor-presidente do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes
Texto Publicado em 17/08/2012, no Jornal Digital Brasil 247
Disponível em: www.brasil247.com  

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Delegado Rafael Vianna profere palestra e autografa livros para alunos de Direito da Unicuritiba


Durante a Semana do Calouro da Faculdade de Direito Curitiba, o Delegado Rafael Vianna proferiu uma palestra sobre seus livros e sobre segurança pública, apresentando para os novos acadêmicos de Direito a carreira policial. 
Durante o evento, organizado pelo Diretório Acadêmico Clotário Portugal, Vianna teve a satisfação de ter ao seu lado, como integrante da mesa de honra, a Ilustre Professora Doutora Maria da Glória Lins da Silva Colucci, a qual também foi sua professora na Univeridade Federal do Paraná.
Após a palestra, o Delegado Rafael Vianna autografou os livros de diversos alunos, que estudam o livro "Diálogos sobre segurança pública: o fim do estado civilizado" na disciplina de Teoria Geral do Direito.


domingo, 19 de agosto de 2012

Delegado Rafael Vianna e equipe de policiais coordenam Oficina de Resolução de Conflitos


O Delegado Rafael Vianna junto com outros policiais civis iniciaram, dentro do Programa Ciranda de Pais, em Pinhais, uma Oficina de Resolução Pacífica de Conflitos, objetivando criar uma cultura de paz e aumentar a coesão comunitária.
Partindo de diversos  estudos sobre resolução e mediação comunitária de conflitos, Rafael Vianna elaborou uma palestra sobre os 05 passos para resolver conflitos, levando as próprias pessoas da comunidade a participarem da solução de seus problemas.
"Esta oficina é um laboratório que pode servir para diversas comunidades. Ainda não sabemos exatamente como atuar, mas estamos verificando as dificuldades e  aprendendo. Partimos da ideia de que fazendo com que todos da comunidade participem dos problemas e das soluções, conseguimos antecipar conflitos mais sérios e graves no futuro, ajudando a polícia e a sociedade. Muitas vezes policiais são chamados para resolver discussões e problemas que a própria comunidade poderia resolver, desde que eles soubessem como agir. Esse é o objetivo do projeto.", diz Rafael Vianna.
A Oficina vem sendo realizada dentro do Programa Ciranda de Pais, uma vez por mês, no Colégio Estadual Rosi Galvão, em Pinhais, e tem contado com a participação de diversos policiais civis, os quais tem prática e experiência em mediar conflitos. A iniciativa também vai ao encontro das finalidades do Programa Ciranda de Pais, o qual busca aproximar pais, alunos e professores, fazendo com que exista a construção de uma nova participação social e de novos canais de comunicação entre as pessoas.
"Cada pequeno conflito evitado ou solucionado no início, entre os membros da própria comunidade, é um boletim de ocorrência ou um crime a menos que chegará às Delegacias de Polícia. Além disso, como todos são chamados a pensar os problemas e a apresentar sugestões de como resolvê-los, as pessoas começam a se conhecer melhor, a se aproximarem, a se comprometerem com o lugar onde moram.
Nosso objetivo não é servir de muleta para as comunidades. Entramos com o objetivo de sair. Apresentamos uma sugestão de como mediar conflitos, como conciliar, e aí é com eles. Não somos salvadores que vêm de fora para dizer quem está certo ou errado. Apenas apresentamos as ferramentas para eles conseguirem pensar seus problemas." conclui Vianna.
Durante o primeiro encontro os 05 passos para a Mediação Comunitária de Conflitos são apresentados:
Depois os moradores se reúnem em pequenos grupos, junto com as pessoas que estão com algum conflito ou interesses aparentemente antagônicos, para aplicar os 05 passos para resolver conflitos:
Enquanto os pais participam da oficina laboratório, as crianças desenvolvem atividades lúdicas:
A apresentação dos 05 passos para resolver conflitos de forma pacífica são os seguintes:



domingo, 12 de agosto de 2012

SUMÁRIO LIVRO "A MELHOR MANEIRA DE VIVER: INQUIETAÇÕES DA RAZÃO HUMANA"


APRESENTAÇÃO 13

INTRODUÇÃO 15

Capítulo 1. A MELHOR MANEIRA DE VIVER 17

Capítulo 2. REFLETIR SOBRE A VIDA 21

Capítulo 3. O GRANDE ERRO DO AMOR 25

Capítulo 4. COMO VIVER COM A MORTE 29

Capítulo 5. ALGUNS NÃO TÊM ESCOLHAS 33

Capítulo 6. O PARADOXO DA LIBERDADE 39

Capítulo 7. O INEXORÁVEL TEMPO E A VELHICE DA VIDA 43

Capítulo 8. MINHA FILOSOFIA MUDOU 49

Capítulo 9. A ACEITAÇÃO DA CONDIÇÃO HUMANA 53

Capítulo 10. O QUE O HOMEM BUSCA? 59

Capítulo 11. UMA DAS CERTEZAS DA VIDA: HÁ SEMPRE CONSEQUÊNCIAS 63

Capítulo 12. COMO VIVER SEM ESPERANÇA: A SOCIEDADE EXTRAMODERNA, O FIM DA ESPERANÇA E O INÍCIO DOS MEDOS 67

Capítulo 13. O MEDO DE CAIR DE AVIÃO: O HOMEM EXTRAMODERNO 71

Capítulo 14. PARA NÃO MORRER DE CÂNCER 75

Capítulo 15. O TERROR ENFIM SE TRANSFORMA EM VIDA 79

Capítulo 16. AS SOCIEDADES SECRETAS 83

Capítulo 17. PARA TUDO QUE É EXTRAMODERNO: POLÍCIA – O ANVERSO DO MEDO 87

Capítulo 18. DA MELANCOLIA À ESPERANÇA: UM POUCO DE HUMANIDADE PARA TERMINAR 91

Capítulo 19. MAS NÃO ERA SOBRE BEM VIVER? 95

Capítulo 20. A ETERNA BUSCA, O SOFRIMENTO E A CONSTATAÇÃO 99

Capítulo 21. POR QUE O ENTE E NÃO O NADA? FILOSOFAR É SE SURPREENDER 105

Capítulo 22. O QUE É A VIDA? 109

Capítulo 23. A VIDA É UM SONHO! PONDERE SEUS JULGAMENTOS 113

Capítulo 24. A MENTIRA DE DARWIN 117

Capítulo 25. DEUS EXISTE? 121

Capítulo 26. HOJE TUDO POSSO? CALMA, SEU DOMINGO CHEGARÁ 125

Capítulo 27. O QUE IMPORTA NA VIDA 131

Capítulo 28. CORPO: UM TEMPLO SAGRADO 135

Capítulo 29. TÃO PERTO E AO MESMO TEMPO TÃO LONGE: POR QUE TÃO DIFÍCIL? 139

Capítulo 30. ESCOLHAS DE VIDA 143

Capítulo 31. A CONVIVÊNCIA SOCIAL É UM TEATRO: O CAMINHO DO MEIO COMO VIRTUDE 147

Capítulo 32. NINGUÉM É TOTALMENTE CULPADO, NEM TOTALMENTE INOCENTE 151

Capítulo 33. A HISTÓRIA DE UM HOMEM RICO: CONCLUSÃO SOBRE A MELHOR MANEIRA DE VIVER 155

CONCLUSÃO 161

sábado, 4 de agosto de 2012

Gente que faz a diferença para um mundo melhor: PROJETO ATLETA BOM DE NOTA


O Delegado Rafael Vianna visitou o Projeto Atleta Bom de Nota, desenvolvido em Pinhais pelo Professor Gil Brasil (Economista, Matemático, Psicopedagogo, Professor concursado da SEED/PR, Professor da TECPUC/PR, Coordenador do CETP e escritor do livro didático "A Matemática em nosso dia a dia").
Durante a visita, Vianna teve a oportunidade de conversar com as crianças e adolescentes, momento em que destacou a importância de ter objetivos e sonhos na vida, bem como a necessidade de trabalhar com afinco para atingi-los. 
Na oportunidade, o Delegado Rafael Vianna ainda falou dos perigos das drogas e das consequências de seu uso. Também falaram para os alunos-atletas o policial Peninha, ex jogador de futebol profissional, e a papiloscopista Patrícia.

Com o objetivo de combater a repetência e aumentar a frequência e o rendimento escolar,  o Programa Socioeducativo Atleta Bom de Nota tem diversas linhas de atuação, atendendo atualmente 72 crianças e adolescentes com idades entre 08 e 15 anos e 186 famílias.
Com apoio da Fundación Real Madrid  e parceria com a Associação Comunitária da Vila Palmital (Acovip) e com o Centro Esportivo Mendes, o Programa oferece gratuitamente oportunidade de promoção social por meio do esporte, educação, cultura e qualificação profissional.
“Nosso objetivo é fomentar o desenvolvimento das práticas esportivas como forma de inserção social, contribuindo assim para o pleno desenvolvimento e formação de crianças e adolescentes. Atendemos crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social com uma metodologia voltada, principalmente, ao núcleo em que a criança está inserida, ou seja, a família, a escola e a comunidade". explicou o professor Gil. 
As atividades oferecidas pelo Projeto são as seguintes:
FUTEBOL: segundas e quartas
INFORMÁTICA: terças
ESPANHOL: quintas
CAPOEIRA: sextas
ARTESANATO: sextas
REFORÇO ESCOLAR: sábados
INFORMATICA PARA PAIS E AVÓS: segundas, sextas e sábados
DISTRIBUIÇÃO DE FRUTAS E VERDURAS: quintas
"Oferecemos atividades todos os dias e cobramos resultado na escola. Ocupando os alunos a semana toda, com frequência escolar e atividades esportivas, educacionais e culturais no contraturno, possibilitamos que eles fiquem longe das ruas e dos perigos que ela pode oferecer", ressaltou o professor ao informar que o projeto ainda prevê, para os pais, a capacitação profissional com cursos no período da noite e aos sábados pela manhã.
O Projeto está se espalhando para outras comunidades de Pinhais e da região metropolitana, mas precisa da colaboração e apoio de todas as pessoas de boa vontade. Uma excelente oportunidade!
CONTATOS:
Professor Gil Brasil: gil@cetp.com.br
CETP - Centro Educacional Tecnológico Profissionalizante
Rua Etiopia 173 - Pineville - Pinhais, (41) 3033-3701
Associação Comunitária da Vila Palmital (Acovip),
Rua Senegal, 87, Pineville - Pinhais, (41) 3667-5893

sábado, 28 de julho de 2012

Programa Entrevista Coletiva com Rafael Vianna: sobre a melhor maneira de viver e algumas inquietações da razão humana

O Delegado Rafael Vianna apresentou as ideias contidas em seu livro "A Melhor Maneira de Viver: inquietações da razão humana" no Programa Entrevista Coletiva, com apresentação do jornalista e entrevistador Fabrício Binder, na Band Paraná.
No programa Vianna explica por que começou a escrever sobre filosofia, quais são as principais reflexões trazidas em seu mais recente livro e quais as conclusões que chegou sobre como bem viver.
Uma entrevista que com certeza vale a pena conferir!
Bloco 01
Bloco 02
O livro "A Melhor Maneira de Viver: inquietações da razão humana" pode ser encontrado na Livraria do Chain (ao lado da Reitoria da UFPR) ou nas Livrarias Curitiba.
Pela internet pode ser comprado através do link:

sábado, 21 de julho de 2012

Fernanda Richa recebe visita e livro do Delegado Rafael Vianna

A Secretária da Família e Desenvolvimento Social e primeira-dama do Estado do Paraná, Fernanda Richa, recebeu a visita do Delegado Rafael Vianna que a presenteou com seu livro recém-lançado “A Melhor Maneira de Viver: inquietações da razão humana”.
O livro mostra como a filosofia pode ser prática e como pode contribuir para o bem viver. Traz questionamentos e estimula a reflexão sobre a existência humana abordando temas como a morte, perdas, amor, modo de vida, escolhas, liberdade, velhice, doenças, medos, polícia, convivência, famílias, tristezas e felicidades.
A Melhor Maneira de Viver: inquietações da razão humana é um livro de muitas perguntas e algumas respostas, mas com certeza um estímulo para refletirmos sobre como levamos nossa vida e o que fazemos da nossa existência.
Fonte: http://www.familia.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=625&tit=Fernanda-Richa-recebe-visita-do-delegado-Rafael-Vianna

sábado, 14 de julho de 2012

Lançamento Site PATROOL: ferramenta para todos colaborarem com a segurança pública

Em uma semana de lançamentos, os meus amigos Carlos Humberto e Gustavo Hana colocaram no ar o site PATROOL. 
Já comentei em outras postagens sobre o que é e como funciona o PATROOL, mas agora ele está disponível para que todos participem e colaborem com a segurança pública. 
Além disso, o PATROOL permite que você se proteja, diminua as vulnerabilidades e saiba o que está acontecendo em sua rua, seu bairro e sua cidade. 
Uma ferramenta exepcional está disponível, mas para bem funcionar ela precisa que todos colaborem com informações, ideias, reclamações, denúncias e sugestões.
Não deixem de acessar: http://www.patrool.com/
Para relembrar deixo abaixo algumas informações sobre o Patrool.
PATROOL Internet Group
O PATROOL Internet Group surgiu como inspiração da conhecida frase de Dalai Lama - "Seja a mudança que você quer ver no Mundo". Nossa equipe acredita que através de pequenas iniciativas podemos gerar grandes mudanças no Mundo. PATROOL é um jeito diferente de utilizar a tecnologia a favor da sociedade. É exercer a cidadania de forma prática, eficiente e frequente. É também a oportunidade da mudança através da voz de uma sociedade que já não se conforma com as injustiças, com o descaso, com a insegurança e clama por melhor qualidade de vida. É nisso que os fundadores do PATROOL acreditam e é por isso que este projeto foi criado.
O QUE É O PATROOL
PATROOL é um local onde você pode expor os problemas das cidades, propor melhorias para esses problemas ou ainda se manter informado sobre tudo o que acontece na sua Rua, Bairro ou Cidade. PATROOL dá Voz a sociedade. Tornando o cidadão que antes era apenas um mero expectador de notícias em narrador dos fatos. PATROOL é fácil, PATROOL é interativo, PATROOL é acessível à todos. Aliás, PATROOL é feito por todos!
Você pode utilizar o PATROOL para:
Relatar Problemas
Assalto
Acidente de Trânsito
Documento perdido
Animal perdido
Briga/Lesão Corporal
Vandalismo
Drogas (Locais de Venda)
Crime Ambiental
Assassinato/Homicídio
Propor Melhorias
Mais iluminação para sua Rua.
Melhoria na sinalização de um cruzamento com alto índice de acidentes.
Internet gratuita em locais públicos.
Centro de lazer para o bairro.
Aparelhos para exercício físico em parques.
Se Manter Informado
Saiba tudo que acontece na sua Rua, Bairro ou Cidade.
Utilize o PATROOL a qualquer hora e em qualquer lugar.
Acesse pelo computador, smartphone, tablet e Smart TV
COMO FUNCIONA O PATROOL
Você não precisa fazer nenhum cadastro para começar a utilizar o PATROOL. Como visitante você poderá visualizar todos os conteúdos no PATROOL, só não poderá publicar conteúdos e comentários.
Para publicar um conteúdo ou comentário no PATROOL você pode acessá-lo através de sua conta no Facebook, Yahoo ou Google. Ou se preferir, você pode fazer um cadastro rápido no PATROOL fornecendo apenas Nome, Email e Data de Nascimento


Postagem antiga sobre o PATROOL: http://delegadorafaelvianna.blogspot.com.br/2011/12/ideias-para-um-mundo-melhor-site.html

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Lançamento do meu 2º livro: "A MELHOR MANEIRA DE VIVER: INQUIETAÇÕES DA RAZÃO HUMANA"


Na próxima quinta-feira, dia 12/07/2012, a partir das 19:00 horas, no Espaço Cultural e Gastronômico Alberto Massuda (Rua Trajano Reis esq. com Inácio Lustosa), lanço meu segundo livro. Agora um livro de filosofia, sobre nossas reflexões mais profundas, mais complexas, mais difíceis. No livro tento nos confrontar com o que temos de melhor e de pior, com o que somos, com as nossas dúvidas, nossas angústias, com todo o vazio que a vida às vezes parece guardar.
Qual é a melhor maneira de viver? O que é uma vida boa? O que ocorre depois da morte? E se Deus não existir? Como conviver com o medo de perdermos as pessoas que amamos? Como encarar o passar do tempo e a velhice da vida? Quais são nossos maiores medos? É possível ser feliz? A natureza humana é voltada para o mal ou para o bem? Como viver bem com as outras pessoas e com nossos familiares?
A Melhor Maneira de Viver: inquietações da razão humana é um livro de muitas perguntas e algumas respostas, mas com certeza um estímulo para refletirmos sobre como levamos nossa vida e o que fazemos da nossa existência. Abordando temas como a morte, perdas, amor, modo de vida, escolhas, liberdade, velhice, doenças, medos, polícia, convivência, famílias, tristezas e felicidades, o livro mostra como a filosofia pode ser prática e nos ajudar a bem viver.
Comecei a escrever quando trabalhava na Delegacia de Homicídios, pois na polícia somos confrontados diariamente com reflexões sobre a natureza humana, sobre o fim da vida e dos sonhos, sobre a melhor maneira de viver e o que pode ser considerado uma vida boa e feliz.
Espero dividir algumas dúvidas e reflexões com vocês. Segurança pública é isso! Antes temos de saber o que estamos fazendo no mundo, qual o sentido de vivermos. De outra forma, não adianta nada. Espero todos vocês no lançamento. O livro estará disponível para venda nas Livrarias do Chain, nas Livrarias Curitiba e em outros locais indicados em meu blog.

sábado, 30 de junho de 2012

Delegado Rafael Vianna profere palestra nos Correios


O Delegado Rafael Vianna proferiu palestra para diversos funcionários e representantes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).
A palestra ocorreu em Maringá-PR e teve como objetivo esclarecer dúvidas sobre segurança pública e pessoal, contribuindo para que os Correios e seus funcionários diminuam suas vulnerabilidades e tenham maior segurança.

Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663 e, desde então, vêm se modernizando, criando e disponibilizando serviços de qualidade que correspondam às expectativas dos seus clientes.
A empresa realiza importante função de integração e de inclusão social, papel indispensável para o desenvolvimento nacional. Na composição do seu faturamento, aufere 54,3% da receita com os serviços monopolizados (carta, telegrama e correspondência agrupada), de modo que a reserva de mercado desses três serviços é fator essencial para a sobrevivência e para a garantia da universalização.
Lado a lado com a vertente social, os Correios oferecem soluções, com tecnologia de ponta, para atender às necessidades de comunicação das empresas e instituições em um mercado cada vez mais competitivo. É o caso do Sedex, criado em 1982, que se tornou um dos principais produtos da empresa e lidera o setor de encomendas expressas no Brasil. Nos últimos anos, o serviço passou a contar com outras modalidades, como o e-Sedex, Sedex 10, Sedex Hoje e Sedex Mundi, agilizando ainda mais a entrega de encomendas.
Devido à forte capilaridade da empresa, a prestação de serviços financeiros nas agências dos Correios constitui-se, cada vez mais, numa importante contribuição para a inclusão bancária de milhões de brasileiros. Desde a criação do Banco Postal, milhares de pessoas, que antes tinham que se deslocar para uma cidade vizinha para realizar uma simples operação bancária, agora contam com a comodidade de tudo poder ser feito na própria cidade onde moram.
Impulsionados pelas mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, a partir de 2009 os Correios adotaram uma nova Identidade Corporativa, assumindo uma postura proativa diante dos clientes, da sociedade, dos empregados e do governo. Além de oferecer e entregar produtos e serviços, os Correios passam a entender melhor as demandas da sociedade, gerando soluções para aproximar pessoas e organizações, onde quer que estejam. Mais do que honrar todos os compromissos assumidos com os clientes, os Correios querem se antecipar às suas necessidades e praticar a sustentabilidade, visando à evolução do negócio e ao equilíbrio econômico, ambiental e social.
Essa nova postura contribuirá para que a ECT se torne uma empresa de “classe mundial”, destacada por suas práticas e resultados.
FONTE: Site dos Correios