domingo, 8 de dezembro de 2019

"Utilidade do Garbage Can Process e do Modelo de Fluxos Múltiplos para a tomada de decisões organizacionais na Polícia Civil do Paraná (PCPR) do Século XXI" - Rafael F. Vianna e Fábio M. Losso

O Delegado Rafael F. Vianna, em parceria com o Advogado e Doutor Fábio M. Losso, publicou um artigo científico, intitulado "Utilidade do Garbage Can Process e do Modelo de Fluxos Múltiplos para a tomada de decisões organizacionais na Polícia Civil do Paraná (PCPR) do Século XXI", na 2ª Revista de Ciências Jurídicas e Criminais da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná/Adepol-PR.
O resumo do artigo é o seguinte:
A Revista é publicada pela Juruá Editorial e pode ser adquirida pelo seguinte endereço eletrônico:

sábado, 27 de julho de 2019

CARTA PARA PAIS EM DESESPERO

Por Rafael F. Vianna
27/07/2019


Há pouco mais de 01 ano, mais precisamente a partir do dia 06/06/2018, um buraco foi aberto no mundo. E este abismo não parou de crescer durante dias, semanas, meses. Ele engolia tudo, levou todas as minhas esperanças, fez-me vislumbrar um fim triste, lento e muito doloroso. Por meses a dor inconcebível e inexprimível foi minha mais fiel companheira. Naqueles dias, nem Paracletus podia me consolar. 
Em apenas um dia, minha mulher estava na UTI de um hospital e meu primeiro filho na UTI neonatal de outro. Meus dias eram horas sem fim de choro, lamento e uma dor lancinante no meio do peito. Caminhar ao ar livre entre um hospital e outro ajudava-me a respirar, ainda que o ar fique muito denso e rarefeito nesses momentos. O buraco no mundo continuava a crescer por dias sucessivos e engolia toda a esperança. Três paradas cardiorrespiratórias, hemorragia pulmonar, hemorragia cerebral, hemorragias e mais hemorragias, transfusões e mais transfusões, “intercorrên.....” (recuso-me a escrever ou pronunciar essa palavra ainda) sem fim.

Em uma noite de domingo chegou a triste notícia de que deveria me despedir do meu pequeno tesouro. Naquele mesmo dia, minha esposa, que ainda não tinha conhecido nosso filho, voltava para a UTI devido à maldita hellp síndrome. Restava apenas uma certeza em meu mundo, uma certeza lógica, racional, inabalável, mesmo diante da tragédia: o que um dia existiu, nunca mais volta ao nada; o que um dia foi, nunca mais deixa de ser; A FOLHA QUE O VENTO BALANÇOU, NÃO DESBALANÇA MAIS.

Meu filho Gregório, o Grande, mesmo com seus 900 gramas, tinha existido, saído do nada que nos precede, do infinito sem início nem fim, tinha vivido, existido em minha vida, era MEU FILHO. Nem a morte tiraria isso de mim. Ele existiu, foi, e nunca mais poderia deixar de existir. Mesmo assim, doía muito a saudade de tudo que poderia ter sido.

Mas o fim não foi naquela noite. E de grama em grama, 05 gramas a mais, 08 a menos, 09 a mais.... fomos seguindo nossa rotina. Dia após dia, em todos os horários, em todos os momentos. Ele saberia que estivemos sempre ali, o amando profundamente, não importando quantas respirações ainda tivesse.

Hoje, 01 ano depois, os 900 gramas são 10 quilos, o “ele nunca vai falar” são gritos e angus pela casa de madrugada, o “ele nunca vai andar” são os primeiros passos que acabam com nossas costas, o “ele nunca vai interagir com vocês” é o sorriso mais doce e iluminado do mundo quando nos vê; a despedida é um reencontro a cada manhã.

O abismo se fechou tão misteriosamente como se abriu. E agora, novamente, desafiamos a morte e o medo com uma irmãzinha a caminho para ombrear com o Gregório nesta vida aparentemente sem sentido transcendente; mas com um valor imanente incontestável.

Não encontramos respostas sobre como enfrentar esses momentos difíceis, como sobreviver, como continuar quando as forças parecem rarear. Não teria muito a falar para pais que hoje lutam pela vida de seus pequenos.

Para aqueles que acreditam em Deus, eu diria para orarem, rezarem, manterem a fé, persistirem, mesmo diante de tanta adversidade. Para aqueles que duvidam ou acreditam que Deus virou as costas para o mundo com o pecado original, eu diria que Ele ou alguém escreveu leis naturais, biológicas, físicas e químicas incríveis antes de abandonar a humanidade à sua própria sorte, fazendo com que a vida seja maior que a morte.

A VIDA, definitivamente, é UM MILAGRE!

O AMOR, apesar de toda desesperança e ceticismo, é uma força viva e real no mundo.

Um sorriso e um piscar de olhos nos fazem deixar para trás todo o medo e sofrimento que viver pode ocasionar. Acordar com um sorriso banguela, puro e ingênuo nos faz bem-dizer e abençoar todas as manhãs aqueles que salvaram nosso filho.

BENDITOS e ABENÇOADOS sejam aqueles que salvam vidas, principalmente dos nossos pequenos inocentes. QUEM SALVA UMA VIDA, SALVA TODA A HUMANIDADE.

Se não tivéssemos sobrevivido? Conhecer este AMOR inexplicável e incondicional que surge quando somos pais, nem que por alguns minutos, dias ou semanas, faz com que a experiência humana valha a pena. Para aqueles que hoje lutam, que possam lembrar que a VIDA é maior do que a morte, QUE O AMOR SUPERA TUDO e que a FOLHA QUE O VENTO BALANÇOU NÃO TEM COMO DESBALANÇAR.
Obs.: Desejo que todos aqueles que leiam este texto um dia, se puderem, abracem seus pais e seus filhos.




quinta-feira, 23 de maio de 2019

Rafael Vianna defende tese de Doutorado na FDUL

No dia 13 de maio de 2019, na Reitoria da Universidade de Lisboa, Portugal, Rafael Ferreira Vianna obteve o grau acadêmico de Doutor em Direito.
Em pesquisa desenvolvida nos últimos 06 anos, sob orientação do Professor Doutor Augusto Silva Dias, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, dentro da linha de pesquisa sobre crimes culturalmente motivados, Rafael F. Vianna escreveu a tese intitulada Uso da ayahuasca: fundamentos e limites da criminalização do tráfico de drogas em sociedades multirreligiosas.

O júri foi composto por 08 Professores Doutores, sendo que a arguição e os debates duraram quase 04 horas. Por fim, Rafael Vianna foi aprovado por unanimidade pelos membros da banca.
A tese já está disponível no repertório de textos científicos do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP): Tese Doutoramento Rafael Ferreira Vianna