terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Juramento do Policial Mirim: estigmatização positiva

No dia 17/12/2011, durante o Projeto Sábado na Praça, do Programa Ciranda de Pais, uma equipe de policiais civis, amigos e pessoas de boa vontade, passaram a tarde brincando e orientando as crianças do bairro Maria Antonieta, em Pinhais.
Com um olhar muito especial e próprio sobre as necessidades das crianças, um amigo de nome Paulo inventou o juramento do policial mirim. As crianças prometiam ser sempre do bem/boazinhas, ao que se seguia um "Eu acredito em você. Eu tenho certeza que você será sempre uma pessoa do bem".
Os pequenos olhos brilhavam e um adesivo do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente da Polícia Civil do Paraná) era colado no peito da criança, que se tornava um policial mirim comprometido em fazer o bem. 
As crianças ainda ganharam gibis e jogos que ensinam como se proteger, como denunciar abusos e quais são seus direitos.
É isso que falo em meu livro sobre estigmatização positiva. Sim! Nós acreditamos em nossas crianças e temos certeza de que elas serão pessoas do bem. 
Vamos trabalhar para isso sempre. Obrigado pela ideia e pelas lições, Paulo! Obrigado a todos que lá estiveram: Bueno, Carvalho, Angelo, Tielo e Peninha! Cada um foi muito importante, ainda que todos foram ainda mais.
Obrigado ao Sicride e ao Nucria que colaboraram com os materiais educativos.
Como já falei em outra oportunidade, o trabalho do Projeto não consiste meramente em ações assistencialistas, mas, ao contrário, preocupa-se na formação e na libertação das pessoas. Melhorar o modo de vida, a compreensão do mundo e possibilitar o caminhar com as próprias pernas.
Uma notícia da ação foi divulgada no site da Polícia Civil:
22/12/2011
Assessoria Civil promove ações de orientação a crianças em evento de Pinhais
Orientações sobre a segurança de crianças foram repassadas a famílias do município de Pinhais, no último sábado (17), por policiais civis e representantes da Assessoria Civil da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). Além das dicas de segurança, as equipes distribuíram materiais educativos numa ação desenvolvida durante o programa Sábado na Praça de Natal – evento promovido pelo projeto Ciranda de Pais.
Segundo a Sesp, aproximadamente 600 crianças participaram do evento, que aconteceu na Praça Maia Antonieta. Na ocasião, também foram distribuídos para crianças carentes os 800 livros arrecadados pela Campanha do Livro Infantil. Houve também a distribuição de brinquedos, em uma ação alusiva ao Natal. Dentre os materiais educativos sobre segurança, foram distribuídos o Gibi da Turminha da Segurança, do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), e os jogos educativos do Núcleo de Proteção a Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).
De acordo com o delegado Rafael Vianna, da Assessoria Civil da Sesp, a ação busca orientar os pais quanto ao planejamento familiar. Para isso, são desenvolvidas ações ligadas ao entretenimento, com brincadeiras, com o objetivo de atrair as famílias. “Esse tipo de trabalho é importante porque permite que as pessoas possam se aproximar da Polícia Civil e, com isso, a segurança pública sai ganhando”, afirma.
Vianna conta que a participação da Polícia Civil em eventos de caráter social ajudam a fomentar uma imagem de polícia cidadã junto à sociedade paranaense. “Algumas crianças, que até poderiam demonstrar algum receio da polícia, saíram de lá dizendo que queriam ser policiais”, diz.
O Projeto Ciranda de Pais, desenvolvido pela professora Cristiane Arns de Oliveira, tem como objetivo promover e enriquecer as relações entre escola e família para prevenir o fracasso social e escolar dos alunos. A ideia é criar, em âmbito familiar e escolar, estratégias de prevenção aos problemas relacionados à violência, drogas e delinquência.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Rafael Vianna no Programa Cidadania da TV Sinal

O Delegado Rafael F. Vianna foi entrevistado por Tatiana Escosteguy, no programa Cidadania da TV Sinal da Assembleia Legislativa do Paraná.
Foram discutidos os fatores que contribuem para a criminalidade, a prevenção situacional do crime, como não ser abordado por delinquentes, o elemento surpresa nas ações criminosas e como se comportar se você for vítima.
Além disso, também foram abordados outros temas tratados no livro "Diálogos sobre segurança pública: o fim do estado civilizado", como as possíveis soluções para a segurança pública, as estatísticas criminais e a relação processual entre drogas e crimes.
"A segurança pública é uma colcha de retalhos. Escutamos falar sobre a importância das famílias se reunirem, as pessoas conversarem e como a polícia comunitária pode contribuir. Aí pensamos que resolvemos os problemas da criminalidade apenas com isso. Não se resolve criminalidade apenas com educação. É importante, mas somente a primeira grande área. Apenas com isso o discurso não está completo. Precisamos entender as três grandes áreas da segurança pública e atuar em todas" - Rafael F. Vianna  
O programa é dividido em dois (02) blocos, está disponível no youtube e pode ser acessado clicando sobre o título da postagem ou pelos links http://www.youtube.com/watch?v=J6y9pU0DSUI 
(Bloco 1)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Dicas de fim de ano: Delegado Rafael F. Vianna na RPC e na Gazeta do Povo

O Delegado Rafael F. Vianna deu orientações sobre segurança pessoal para evitar alguns crimes neste final de ano.
Você pode assistir a entrevista no Jornal Bom Dia Paraná, da RPC/Globo, acessando o link http://g1.globo.com/videos/parana/bom-dia-pr/t/edicoes/v/primeira-parcela-do-13-salario-vai-ser-paga-nesta-quarta-feira/1712441/
Rafael Vianna também deu algumas dicas para o Jornal Gazeta do Povo, o qual publicou a seguinte reportagem:
Medidas preventivas deixam o fim de ano mais seguro
Especialistas em segurança sugerem alguns cuidados que desmotivam e dificultam a ação dos criminosos
08/12/2011
Por Diego Ribeiro
Pedir para um amigo ou parente de confiança recolher suas correspondências enquanto você viaja para as festas de fim de ano pode fa­­zer a diferença quando o assunto é segurança. Caixa de correspondência cheia de cartas é um dos in­­dícios de casa desocupada, um con­­vite aos criminosos de plantão nes­­ta época do ano. Essa é uma das re­­comendações de dois especialistas em segurança ouvidos pela Ga­­zeta do Povo, que dão uma série de di­­cas para que população tenha uma passagem de ano mais segura.
Os conselhos incluem iniciativas (veja as ilustrações) para manter a residência mais segura, ir às compras de forma menos vulnerável e usar o serviço bancário sem riscos. A Polícia Militar (PM) ainda está planejando as operações ostensivas de fim de ano e deve anunciar o início das ações em breve. Apesar disso, a PM informa que já tem aumentado o policiamento em áreas de muita aglomeração no estado. Tradicionalmente, a polícia reforça as patrulhas nesta época. Mesmo assim, a prevenção pessoal, de acordo com os policiais, é fundamental para não facilitar as ações dos criminosos.
De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Roberson Bondaruk, e o delegado da Polícia Civil Rafael Vianna, não há um levantamento preciso sobre o aumento ou não da criminalidade no fim de ano. No entanto, os dois concordam que há uma tendência de crescimento de furtos e arrombamentos, delitos que ocorrem, muitas vezes, em razão do descuido das vítimas. “Uma das principais questões é que as pessoas devem se conscientizar de que estão vulneráveis”, afirma o coronel. Por isso, a atenção é base de todos os conselhos policiais sobre segurança.
Segundo Vianna, o elemento-surpresa é sempre usado pelos bandidos, mas e a atenção da população pode diminuir essa vantagem.
A principal dica do delegado sobre segurança em casa durante as festas relaciona-se ao conceito de “vizinhança segura”. “Conhecer seus vizinhos e fazer amizades pode ser uma solução. Um vizinho ajuda o outro a monitorar as casas”, explica.
De acordo com o delegado, aumentando a dificuldade para a ação do criminoso cai a motivação para se cometer o crime. “Pesquisas criminológicas mostram que a maioria dos criminosos é de oportunidade”, relata. Para ele, quanto mais obstáculos forem criados, mais desmotivados os criminosos vão ficar para cometer o delito.
Outro conselho importante, que envolve também pessoas de confiança, refere-se às luzes e correspondências. É importante sempre dar sinais de que a casa esteja ocupada, mesmo quando o morador estiver em viagem. Uma das soluções é combinar com parentes ou vizinhos para que acendam e apaguem as luzes da casa. “São indícios de que as residências não estão vazias”, diz o delegado.

sábado, 3 de dezembro de 2011

IDEIAS PARA UM MUNDO MELHOR: SITE PATROOL

Iniciei há alguns artigos um novo projeto em meu blog: conhecer pessoas, ideias e projetos que podem ajudar o mundo a ser um lugar melhor.
Ao invés de apenas enxergarmos as desgraças do mundo e da segurança pública, podemos encontrar pessoas e ideias que propõem mudanças para transformarmos nossa sociedade.
No artigo anterior falei da primeira grande área da segurança pública e do Projeto Ciranda de Pais, passando a buscar, desde então, alguma ideia inovadora para a segunda grande área, que tanto falei em minhas entrevistas, em meus artigos e em meu livro.
Esta segunda grande área da segurança pública - além da atuação policial - trata da prevenção situacional do crime, do endurecimento dos alvos, da diminuição das chances de nos tornarmos vítimas, do aumento do custo (das dificuldades) para se delinquir e da participação efetiva de cada um de nós em nossa própria segurança. Todos podemos colaborar! O problema é que, na maioria das vezes, não sabemos como. 
É pensando nisso que dois jovens curitibanos (Carlos Humberto e Gustavo Hana) estão desenvolvendo um site (http://www.patrool.com.br/) onde todos podem informar problemas de seu cotidiano, relatar lugares perigosos, acidentes, pontos de alagamento e ao mesmo tempo propor soluções.
A proposta é clara e interessante: temos que parar de apenas esperar. Temos que nos unir para também fazer a segurança pública e melhorar o mundo. O site é uma ferramenta que possibilita isso, além de aproximar o cidadão do poder público, que poderá participar do site ativamente.
O  projeto realmente pode ter um impacto significativo na segunda grande área da segurança pública (prevenção situacional do delito), pois todos poderão informar locais depredados, sem iluminação, onde ocorreu um acidente e onde um crime está ocorrendo. Observe-se, que não é um simples mapa do crime como já existe em outros sites, mas sim um meio de comunicação entre as pessoas quase que instantâneo. Você poderá receber avisos em seu celular, computador ou tablet sobre qualquer anormalidade na sua rua, no seu bairro ou no colégio onde seus filhos estudam.
O site ainda não está em atividade, mas o projeto concorre no SIEMENS STUDENT BRAZIL 2011, um concurso que busca premiar soluções inovadoras e sustentáveis para as questões mais complexas da atualidade.
Peço que votem na ideia através do site http://www.studentaward-brazil.com/idea.php?id=70, pois o projeto destes jovens curitibanos pode contribuir significativamente para a nossa segurança pública.
Para votar é necessário um cadastro rápido, mas não leva mais do que 30 segundos.
Continuo buscando pessoas e ideias que fazem a diferença para um mundo melhor. Tentarei encontrar algo relacionado com a terceira grande área da segurança pública. 

sábado, 12 de novembro de 2011

Entrevista para Revista Malu: "Enquanto a bondade for motivo de vergonha, não há muita esperança para a nossa segurança"

Entrevista completa que o Delegado Rafael F. Vianna concedeu à Revista Malu, publicada em partes na edição nº 488, ano 13, em 03/11/2011.

1) O que um cidadão precisa saber sobre crimes para se prevenir?

É importante entendermos que existe uma ciência que estuda o crime, o delinqüente, a vítima e o controle social da criminalidade. Esta ciência é a criminologia e ela realiza estudos empíricos que nos ajudam a entender o fenômeno criminal, tanto em um aspecto individual, para nos protegermos, quanto em um aspecto mais amplo, para pensarmos a segurança pública e a sociedade em que vivemos. Portanto, segurança pública não é intuição e boa vontade tão somente. A partir disto, podemos buscar diversas escolas, teorias e estudiosos que pesquisaram sobre o crime, sobre o porquê de eles ocorrerem e quais medidas podemos adotar para nos prevenir.
Antes de falarmos de medidas mais concretas, precisamos ainda entender que não podemos nos iludir que um dia vamos acabar com a criminalidade, mas ela pode estar sob controle, em níveis aceitáveis, o que não ocorre hoje. Da mesma forma, precisamos conseguir entender o fenômeno criminal e a complexidade da segurança pública, para não pensarmos que tudo o que é feito é inútil e que nada funciona.
A segurança pública compreende três grandes áreas, sendo elas: a primeira, a das questões fundamentais, estruturantes, que dizem respeito ao por que de alguém cometer um crime, usar drogas, ser violento. Estas questões são existenciais, mais filosóficas, mas temos que abordá-las se queremos realmente solucionar o problema da segurança pública. A segunda grande área trata da prevenção situacional, com atuação policial e diminuição das vulnerabilidades da vítima. É neste ponto que todos nós podemos auxiliar a segurança pública, com pequenas mudanças de comportamentos. Por fim, a terceira grande área trata das questões depois que um crime ocorreu, como a efetividade e a celeridade da punição e o melhor modelo para nosso sistema penitenciário.

2) Como se proteger de ladrões enquanto se está: - caminhando na rua, no carro (parado no semáforo ou chegando ao veículo estacionado), entrando em casa pela garagem ou pelo portão; saindo de bancos ou caixas eletrônicos, em outras situações menos corriqueiras (por exemplo, na praia ou em alguma loja)?

Existe uma área da criminologia, chamada criminologia ambiental, que estuda a prevenção situacional do crime, ou seja, como diminuir as vulnerabilidades de uma vítima em potencial e como retirar as condições propícias para que o crime ocorra. Esta teoria propõe como estratégia o endurecimento dos alvos e parte um pouco da compreensão de que a oportunidade faz o ladrão. É evidente que esta corrente criminológica não trata do fenômeno criminal de uma forma ampla e completa, pois, como visto anteriormente, atua tão somente na segunda grande área da segurança pública.
De qualquer forma, ela pode ser muito útil para que algumas mudanças de comportamentos sejam implementadas e as chances do crime ocorrer diminuam. Existindo muitas oportunidades para delinqüir, mesmo pessoas comuns acabam delinqüindo, enquanto criminosos motivados delinqüem muito mais. Assim, tornando-se um alvo mais difícil, mais duro, dificultando a atuação do criminoso, a tendência é que ele busque outro alvo mais fácil ou mesmo deixe de cometer o crime, pois quanto maior o custo e as dificuldades para delinqüir, menor será o interesse em se cometer o crime.
Ressalto mais uma vez que esta teoria não analisa os mais diversos aspectos da criminalidade, não podendo ser vista como uma solução para a segurança, principalmente porque ela não atua sobre a causa da criminalidade. No entanto, ela pode trazer algumas dicas e constatações muito úteis para nos protegermos.
No livro trago diversas dicas de como diminuir as vulnerabilidades e facilidades para a ocorrência criminosa, alertando o leitor que o objetivo não é ser alarmista ou fazer com que as pessoas vivam com medo, mas contribuir para a qualidade de vida de em nossa sociedade. Algumas dicas simples aproximam as pessoas e despertam a solidariedade.
De qualquer forma, a mais importante orientação para qualquer situação é estar atento, pois a principal vantagem do criminoso e o que faz ele abordar uma pessoa é o elemento surpresa. Quando o criminoso perde o elemento surpresa, com a simples constatação que você o viu, esta prestando atenção nas pessoas que estão por perto, está atento aos seus pertences, a tendência é que ele desista da atuação ou abordagem.
Por isso é importante não entrar distraído no carro, não ficar falando ao celular, não sair do banco contando dinheiro ou mexendo na bolsa, não ficar parado no sinaleiro com o vidro aberto e pensando na vida. O importante é estar ligado, se antecipar à abordagem criminosa, mudar de lado na rua quando achar que alguém esta lhe seguindo ou irá lhe abordar, ir para um local movimentado, olhar para as pessoas e demonstrar que você as percebeu, pois isto demonstra que você não será surpreendido, o que desestimula a abordagem. Depois que você foi abordado só se pode pensar em diminuir os danos, não existe mais reação possível.

3) Se uma dessas situações ocorrer, como a pessoa deve agir para evitar danos?

Em primeiro lugar é preciso aceitar que não existe reação possível diante de uma arma de fogo. Como falo no livro, mesmo casos raros de sucesso de algumas reações contam com grande parcela de sorte. Depois que a prevenção falhou deve-se pensar em minimizar os danos e isto inclui diminuir o tempo de permanência com o delinqüente. Neste momento o elemento surpresa está a favor do criminoso e você enfrentará sensações muito desagradáveis que dificultarão o seu raciocínio. Assim, é importante se concentrar na situação, respirar lenta e profundamente, colocar a língua no céu da boca e sentir a planta dos pés. Estas são algumas medidas que estudos sobre o controle do medo nos indicam para auxiliar nos efeitos da aceleração dos batimentos cardíacos e nos tremores que tomam conta do corpo. Estas atitudes farão com que você não tome nenhuma atitude desesperada, provocando alguma reação violenta do criminoso. Infelizmente, o que nos resta nesta situação é obedecer ao criminoso, não fazer movimentos bruscos e inesperados e diminuir o tempo de permanência com ele, o que ajuda futuramente na superação do trauma. É óbvio que estas dicas não são um manual de como se comportar em um crime, pois não podemos prever a mente de um criminoso e não gostaríamos que crimes ocorressem com tanta freqüência, mas nos antecipando a algumas situações e sabendo como nos comportar, podemos evitar danos mais graves. Mesmo em situações de normalidade social, em que a criminalidade esteja sob controle, crimes ocorrem e podemos um dia ser vítimas.

4) Que atitudes pode-se tomar para tornar uma casa mais segura?

Incentivo as pessoas a conhecerem seus vizinhos, conversarem sobre a rua, o bairro, as vulnerabilidade existentes. A aproximação entre vizinhos contribui para que todos se conheçam e percebam rapidamente qualquer anormalidade, acionando a polícia. Para evitar furtos, quando não existe violência, é importante que não exista qualquer apoio que possa auxiliar o delinqüente a ultrapassar o muro da sua residência, como lixeiras, escadas no quintal e buracos no próprio muro que podem servir de apoio. Pequenos detalhes podem fazer diferença. Não deixar objetos de valor à vista na garagem ou no quintal, colocar fechaduras extras, sistemas de alarme, também podem diminuir a incidência dos delitos de ocasião.
O assunto é diferente quando tratamos de quadrilhas especializadas em roubos de residência e apartamentos ou condomínios. Nestes casos, geralmente a quadrilha entra pela porta da frente, rendendo algum morador ou o porteiro. Assim, é importante que sempre que você estiver chegando em casa observe qualquer pessoa parada próxima ao portão ou situação anormal, antecipando-se a abordagem. Treinar porteiros para que não abram o portão para estranhos sem identificá-los antes, cadastrar funcionários que freqüentam o condomínio, blindar vidros de guaritas e da portaria de prédios, instalar câmeras de monitoramento e alarmes de pânico, para avisar a todos os moradores que não saiam de suas casas ou não cheguem ao condomínio, também podem contribuir para evitar este tipo de roubo.

5) Quais são os tipos de golpes mais comuns e como não cair neles?

Os golpes são diversos e os estelionatários têm uma capacidade quase infinita de criar novas situações e histórias para iludir as pessoas. No livro trago os golpes mais comuns e seus curiosos nomes, mas a principal forma de não ser uma vítima é aceitar que não existe uma forma milagrosa de ganhar dinheiro. Não há “negócio da china”, nem vantagem que só você irá ver. Os golpes geralmente iludem as pessoas e fazem com que a ganância ou a esperança de lucrar de forma rápida as transforme em vítimas.

6) Como conversar sobre violência com filhos pequenos, sem deixá-los assustados demais, mas também não os deixar à margem dessa questão? Como orientá-los para que consigam se proteger? E como abordar o assunto com filhos adolescentes, que acabam ficando mais expostos quando saem à noite em grupo e têm contato com álcool e drogas? Que situações as pessoas devem evitar ao máximo para se protegerem da violência?

Esta questão de conversas familiares sobre segurança enquadra-se principalmente na primeira grande área da segurança pública, pois devemos tratar de questões existenciais com nossos filhos para protegê-los da criminalidade, seja como vítimas ou autores de crimes.
A aproximação das famílias, dos pais com os filhos, é essencial para que se busque dar sentido à vida, ao existir neste mundo. Muitos adolescentes não vêem razão na vida, não sabem o que somos e o que devemos ou queremos ser, pensando que estão à deriva num oceano infinito. Estas são as questões de fundo, que se localizam na primeira grande área. Se nossos filhos não descobrirem sentido na vida, usar drogas e cometer crimes serão atitudes normais. Se a vida não tem um sentido último e o bem não vence no final, não há nada de anormal em se utilizar drogas e se delinqüir. Os valores que queremos como sociedade devem ser discutidos em casa, pois neste caso o Estado e a polícia pouco podem fazer. Cabe aos pais esta aproximação e esta discussão. Incentivo a todos que utilizem meu livro para iniciar a conversar e quebrar o gelo com os filhos, o que é muito difícil quando nunca se conversou sobre questões mais filosóficas. Mas digam que leram em um livro, em uma entrevista e iniciem as conversas.
Saber o que seu filho pensa sobre a vida, o que ele espera construir, quais são seus sonhos e quem são seus amigos, são formas de se contribuir para a segurança, tanto do seu filho como a de todos. Saber onde seu filho anda, com quais pessoas e o que irá fazer, contribuirá para que eles evitem as drogas, as más companhias ou uma gravidez precoce. Com o tempo os valores de solidariedade se fortalecerão e talvez uma nova sociedade comece a surgir. Enquanto as famílias estiverem afastadas, as pessoas não pensarem sobre a razão última das coisas e do mundo e a bondade for motivo de vergonha, não há muita esperança para a nossa segurança.

domingo, 23 de outubro de 2011

Alucinógeno presente no cogumelo pode causar alteração duradoura de personalidade

Notícia retirada do UOL Ciência e Saúde

Uma única dose do alucinógeno psilocibina, o princípio ativo dos chamados "cogumelos mágicos", pode provocar uma mudança de personalidade permanente. A conclusão é de um estudo realizado por cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.

Os pesquisadores descobriram que os usuários ficaram com o que as pessoas chamam de "mente mais aberta" após o uso da substância. A característica envolve aspectos como imaginação, senso estético, sentimentos e ideias abstratas. A mudança foi detectada em 60% dos 51 indivíduos que participaram do estudo.

A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Psychopharmacology.

Os participantes do estudo passaram por duas a cinco experiências com a substância, separadas por um intervalo de ao menos três semanas. Em cada sessão, os voluntários se deitavam em um sofá e usavam fones de ouvido e máscara nos olhos, a fim de evitar distrações.

A personalidade dos voluntários foi analisada por meio de questionários aplicados um ou dois meses após acada sessão e cerca de 14 meses após a última experiência. Griffiths acredita que a mudança na personalidade dos usuários deve ser permanente, já que foi observada após tanto tempo.

Griffiths ressalta que alguns dos voluntários declararam ter experimentado forte sensação de medo ou ansiedade em parte das sessões (o efeito alucinógeno chega a durar oito horas). Mas nenhum deles teve sintomas graves. De qualquer forma, ele avisa que esse efeito negativo pode ser mais intenso quando o alucinógeno é usado sem supervisão.

Outra questão apontada pelo pesquisador é que a mudança de personalidade foi verificada especialmente nos voluntários que relataram experiências místicas, ou seja, uma sensação de conexão com o todo, durante o uso da substância. Praticamente todos os participantes se consideravam espiritualmente ativos, mais da metade tinham diplomas de pós-graduação e todos podiam ser considerados psicologicamente saudáveis.

Griffiths acredita que a psilocibina pode ter utilidade terapêutica. Ele atualmente estuda a possibilidade de usar o alucinógeno para ajudar pacientes com câncer a lidar com a ansiedade e a depressão após o diagnóstico e fumantes a largar o vício.

sábado, 15 de outubro de 2011

Para entender a Segurança Pública - Entrevista Coletiva Band

O Programa Entrevista Coletiva da Band entrevistou o Delegado Rafael F. Vianna, autor do livro "Diálogos sobre segurança pública: o fim do estado civilizado".
O programa tem o mesmo formato do Roda Viva da TV Cultura, participando da entrevista os jornalistas Fabrício Binder (Diretor de Conteúdo da Band Paraná), Mara Cornelsen (Colunista da Tribuna do Paraná e Apresentadora da Rádio Paraná Educativa), Val Santos (Apresentador do Brasil Urgente - Paraná), Adilson Arantes (Diretor de Jornalismo da Rádio Banda B e Apresentador do Tribuna da Massa da Rede Massa) e Cíntia Floriani (Chefe de Redação da Band Paraná).
Na entrevista foram discutidos diversos pontos sobre segurança pública e criminalidade, oportunidade em que Rafael Vianna discutiu possíveis soluções para os altos índices de criminalidade e apresentou sua teoria das três grandes áreas da segurança pública.
Com uma linguagem simples e acessível, Vianna possibilita que todos entendam a segurança pública e consigam pensar de forma geral o problema e suas soluções.
O programa foi dividido em 04 partes e disponibilizado no youtube, podendo também ser assistido na coluna entrevistas ao lado.
Entrevista Coletiva Delegado Rafael Vianna:
Parte 01. Neste bloco são apresentadas as 03 grandes áreas para se pensar soluções para a segurança pública.
http://www.youtube.com/watch?v=SBPPIioF3z0
Parte 02. Neste bloco são tratados temas como: a solução para a impunidade, a necessidade do direito penal mínimo, redução das atribuições da polícia, crimes violentos, escolas criminológicas e as causas da criminalidade...
http://www.youtube.com/watch?v=UPHvm2wMi_I
Parte 03. Neste bloco são tratados temas como: homicídios, desigualdade social, valores sociais e existenciais, estigmatização positiva...
http://www.youtube.com/watch?v=OxkS21NWD1s
Parte 04/Final. Neste bloco são discutidos temas como : imprensa e criminalidade, liberdade e intervenção estatal, casos de sucesso na área de segurança pública, a teoria da tolerância zero...
http://www.youtube.com/watch?v=9Pv6Hu6qcBo

sábado, 8 de outubro de 2011

Segurança, Drogas e Criminalidade - Entrevista Gazeta do Povo

Gazeta do Povo entrevista o Delegado Rafael Vianna.
(Clique sobre o título para ler e assistir a entrevista na íntegra)
06/10/2011 - O delegado Rafael Vianna, autor do livro “Diálogos Sobre Segurança Pública: o fim do estado civilizado”, comenta o impacto das drogas na criminalidade, a importância do aspecto social para a segurança e defende menor atribuição da polícia.
O delegado Rafael está longe de ser um pessimista. Mas, em seu recém-lançado livro, ele manda um recado quase subliminar: se a sociedade não repensar seu papel, o Estado civilizado chegará ao fim. A preocupação vai desde o papel da polícia até as políticas de segurança baseadas no combate às drogas.
Vianna adota uma posição lúcida – e de certa forma ousada – ao afirmar textualmente que os entorpecentes não causam a criminalidade e que o Estado erra na luta contra o tráfico: “A maioria dos traficantes presos são usuários que vendiam droga para comprar droga”, diz.
Para ele, a polícia não consegue resolver tudo: quanto mais serviço ela tiver, mais ineficaz será. No livro, o delegado traz ainda orientações simples de prevenção ao crime aos cidadãos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Especialista ensina como se proteger da violência

Dados do “Mapa de Violência 2011”, realizado pelo Ministério da Justiça e Instituto Sangari, revelam a proporção da violência no Brasil. A média nacional de homicídios é de 26,4 para cada 100 mil habitantes. No âmbito internacional, o país ocupa a 6ª colocação em países com mais homicídios. Esses números expressivos mostram a realidade da violência no país, tema discutido pelo livro Diálogos sobre Segurança Pública – O fim do Estado civilizado (Editora Íthala). Além disso, questões essenciais relativas à segurança pública também são abordadas pelo autor, o pesquisador e delegado, Rafael Ferreira Vianna. O livro - que traz uma compilação de artigos – é um convite a refletir sobre a criminalidade, violência, segurança pública e possíveis soluções para combater esses problemas.
Com linguagem explicativa e prática, o livro dá dicas para não se tornar vítima da criminalidade, auxiliando os leitores a entender como os crimes funcionam e como prevenir-se. Perguntas como: é possível tornar sua rua, sua casa e sua família mais seguras? Como não cair em golpes? Como evitar que seus filhos se envolvam com drogas ou sejam vítimas de homicídios? Esses são alguns dos questionamentos debatidos e respondidos pelo autor. Mais do que orientações, Vianna mostra como entender e desempenhar o papel de cidadão ativo nas questões relacionadas à segurança pública.
Outro destaque do livro são as reflexões de assuntos polêmicos como a pena de morte, sistema penitenciário, bullying e a recente tragédia do massacre na escola de Realengo no Rio de Janeiro (RJ).

Sobre o autor

Rafael Ferreira Vianna é Delegado, mestre em Ciências Jurídico-Criminais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) e graduado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Foi o 1º colocado no Curso de Formação Técnico Pro­fissional de Delegado de Polícia da Escola Superior de Polícia Civil do Paraná, 1º colocado no Curso de Direito da UFPR (Prêmio Professor Teixeira de Freitas), 1º colocado na Disciplina de Direito Penal do Curso de Direito da UFPR (Prêmio Professor Laertez Munhoz), 1º colocado no concurso Sugestão Premiada, Área Jurídica, da Mostra Talentos 2005/2006 do Tribunal de Justiça do Paraná e obteve o Prêmio Aluno Destaque do Colégio Marista Santa Maria. É membro da American Society of Criminology, da Société Internationale de Criminologie e da Associação Brasileira de Professores de Ciências Penais.

Serviço
Diálogos sobre Segurança Pública - O fim do estado civilizado
Editora: Íthala
Preço: R$ 34,70
Páginas: 134
Mais informações: www.ithala.com.br
twitter.com/EditoraIthala

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
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(41) 3023 6600
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SUMÁRIO LIVRO DIÁLOGOS SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA

INTRODUÇÃO 3

DIÁLOGOS SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA 4

SEGURANÇA PÚBLICA: UMA RESPONSABILIDADE DE TODOS 6

ENTENDENDO AS POLÍCIAS: DIFERENÇA ENTRE POLÍCIA CIVIL E MILITAR 9

O QUE É CRIME E POR QUE ELES OCORREM? 11

UM POUCO DE DIÁLOGO E MAIS ALGUMAS IDEIAS 13

ENDURECIMENTO DOS ALVOS: PARTE 1 – TORNANDO SUA RUA MAIS SEGURA 15

ENDURECIMENTO DOS ALVOS: PARTE 2 – TORNANDO SUA FAMÍLIA MAIS SEGURA 17

ALGUNS PROJETOS QUE DERAM CERTO 19

ENDURECIMENTO DOS ALVOS: PARTE 3 – TORNANDO SUA CASA MAIS SEGURA 21

ENDURECIMENTO DOS ALVOS: PARTE 4 – TORNANDO SEU PRÉDIO OU CONDOMÍNIO MAIS SEGURO 23

ENDURECIMENTO DOS ALVOS: PARTE 5 – CONTINUAÇÃO TORNANDO SEU PRÉDIO OU CONDOMÍNIO MAIS SEGURO 25

PAUSA PARA UMA JUSTA HOMENAGEM: AOS BONS POLICIAIS 27

COMO PROCEDER SE VOCÊ FOR UMA VÍTIMA 29

ENDURECIMENTO DOS ALVOS: PARTE 6 – COMO NÃO CAIR EM GOLPES DE ESTELIONATÁRIOS 31

ENDURECIMENTO DOS ALVOS - PARTE 7: COMO EVITAR SER VÍTIMA DE CRIMES PELA INTERNET 33

PAUSA PARA A DESPEDIDA: MUDANÇA DE EQUIPE NO DP DE ALTO MARACANÃ 35

OS MUNICÍPIOS TAMBÉM SÃO RESPONSÁVEIS PELA SEGURANÇA PÚBLICA 37

ENDURECIMENTO DOS ALVOS - PARTE 8: COMO REDUZIR OS HOMICÍDIOS 39

ENDURECIMENTO DOS ALVOS - PARTE 9: CONTINUAÇÃO COMO REDUZIR OS HOMICÍDIOS 41

ENDURECIMENTO DOS ALVOS - PARTE 10: COMO EVITAR QUE SEUS FILHOS SE ENVOLVAM COM DROGAS 43

O INÍCIO DE UMA REFLEXÃO OU UMA ANÁLISE CRÍTICA DIFÍCIL DE SER FEITA SOBRE AS DROGAS 45

IMPLICAÇÕES DA SEMANA PASSADA E DIVULGAÇÃO DE BLOG 47

SOLUÇÕES PARA A SEGURANÇA PÚBLICA: PARTE 01 49

MEDO DE SER TESTEMUNHA: ALERTAS E PONDERAÇÕES 51

QUAL A FUNÇÃO DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS ANTIDROGAS? 53

ENDURECIMENTO DOS ALVOS - PARTE 11: COMO EVITAR O GOLPE DO FALSO SEQUESTRO 55

ENDURECIMENTO DOS ALVOS - PARTE 12: CONTINUAÇÃO COMO EVITAR O GOLPE DO FALSO SEQUESTRO 57

COMO CONVIVER COM A DOR DE TER UM FILHO ASSASSINADO 59

SOLUÇÕES PARA A SEGURANÇA PÚBLICA: PARTE 02 61

SOLUÇÕES PARA A SEGURANÇA PÚBLICA: PARTE 03 63

SOLUÇÕES PARA A SEGURANÇA PÚBLICA: PARTE 04 65

SOLUÇÕES PARA A SEGURANÇA PÚBLICA: PARTE 05 67

CRIMINALIDADE VIOLENTA DE ADOLESCENTES, DROGAS E PREVENÇÃO 69

CRIMINALIDADE VIOLENTA DE ADOLESCENTES E PREVENÇÃO - CONTINUAÇÃO 71

ESTIGMATIZAÇÃO POSITIVA COMO FORMA DE PREVENÇÃO DA CRIMINALIDADE 73

ESTIGMATIZAÇÃO POSITIVA COMO FORMA DE PREVENÇAO DA CRIMINALIDADE - continuação 75

FAMÍLIA E PAIS COMO PREVENÇÃO DA CRIMINALIDADE 77

ESTA SEMANA A SOCIEDADE PERDEU UM GRANDE POLICIAL 79

FAMÍLIA E PAIS COMO PREVENÇÃO DA CRIMINALIDADE - continuação 81

NOSSOS CRIMINOSOS ESTÃO SE TORNANDO TERRORISTAS? 83

O QUE ME FAZ CONTINUAR A ACREDITAR 85

PREVENÇÃO DA CRIMINALIDADE A PARTIR DO QUE JÁ ESTÁ ERRADO 87

SISTEMA PENAL CERTO E CÉLERE COMO FORMA DE CONTROLE DA CRIMINALIDADE 89

REFORMAS SIMPLES PARA MUDANÇAS PARADIGMÁTICAS E ESTRUTURAIS NO SISTEMA PENAL 91

DETERMINISMO x LIVRE ARBÍTRIO: O CRIME É UM DESTINO? 93

CONTINUAÇÃO DETERMINISMO X LIVRE-ARBÍTRIO: O CRIME É UM DESTINO? 95

PENA DE MORTE: UMA SOLUÇÃO ACEITÁVEL? 97

SISTEMA PENITENCIÁRIO COMO “FÁBRICA” DE CRIMINOSOS? 99

MUDANÇAS NA ESTRUTURA POLICIAL BRASILEIRA: DESMILITARIZAR, UNIR OU MANTER COMO ESTÁ? 101

BULLYING E A MALDADE HUMANA 103

O MASSACRE DE REALENGO E A TRAGÉDIA HUMANA 106

DESPEDIDA DESTE COLUNISTA 108

POSFÁCIO: FRANCA E BREVE CONVERSA ACADÊMICA COM OS DIÁLOGOS SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA – Maurício Stegemann Dieter 110