Há
uma tendência na sociedade atual de tudo ser relativizado, nada ser certo,
todos pensarem apenas em seus direitos, todos terem medo de decidir. Há coisas
que não podem ser ponderadas e relativizadas. Temos que ter coragem de dizer
que alguma coisa é errada, não desejada e não aceita em nossa sociedade.
Não
há relativismo cultural quando estamos diante da mutilação de crianças e
homicídio de mulheres. Não existe ponderação quando fazemos algo errado e não
desejado, quando se exige sujeição para integração social, quando governantes
matam civis inocentes que sequer sabem por que morrem.
O
Papa Bento XVI tratou muito da ditadura do relativismo, onde não há medida fora
o eu, onde tudo é uma questão de vontades e opiniões, não existindo qualquer
verdade ou comportamento correto.
Sou
um dos que erra constantemente sobre vários conceitos da vida, em vários
momentos, com várias pessoas. Não erro como qualquer ser humano! Erro muito
mais, com pessoas muito mais importantes, com aqueles que gosto, com todos que
esperam algo de mim. Não transformo meus erros e meus pecados em algo relativo,
em não tão errado, em mais ou menos certo. Meus erros são erros e nada mais.
Alguns sem explicação ou justificativa senão a minha condição humana, frágil,
falha e obtusa. Nunca desejei que pessoas me admirassem, pois sempre soube que
muitas vezes falho.
Não
há como relativizar uma decisão errada, como minimizar a culpa, como diminuir o
sofrimento pelas vidas prejudicadas. Pessoas erram muito, eu erro muito, criminosos
erram muito. Escolhemos pelos outros, achamos que fazemos o melhor, pensamos ou
não pensamos em muitas coisas. De repente, nosso mundo desaba, vidas se
encontram, outras se desencontram, pessoas se magoam.
Carrego
muita culpa pelos erros que cometi, pelas pessoas que machuquei, pelas
esperanças que destruí. Minha culpa não muda o erro, não apaga os danos, não
transforma o mal em algo menor. Há coisas que não têm volta, em que não pode
haver ponderação, coisas que não se apagam. Não há ponderação no que é justo,
certo, bom e belo.
Ainda
assim, a intenção muda muitas coisas; a culpa reafirma as lições para o futuro;
a verdade se estabelece para nunca mais sair. Pessoas erram e se machucam. Para
isso, também não há ponderação. Fica a lição que ouvi de uma grande pessoa: a semeadura
é opcional, mas a colheita é certa.
Emocionante, a colheita é certa!!! Grande abraço, sucesso nos estudos!
ResponderExcluirDr. errar é inerente ao ser humano, todos cometemos erros, mas perdoar é algo divino. O importante é apreendermos com nossos erros e nos tornarmos pessoas melhores, "o que se planta é o que se colhe", já presenciei alguns muitos bons frutos que você plantou, continue assim muito sucesso nesta etapa.
ResponderExcluirGrande Abraço