A
evolução é feita de rupturas e de saltos. A melhoria não é linear, calma e
tranquila, sem possibilidade de percebermos. Um dia o mundo muda! Precisamos
nos preparar, ler, estudar, praticar a meditação, orar ou rezar (se for o
caso).
De
repente, quando menos esperamos, aparece uma ideia, uma reminiscência,
escolhemos bem e mudamos o caminho da história. Um dia o homem conseguiu se
enxergar de fora, se representar em uma escultura. Neste dia, o homem não
pertencia mais ao mundo. Saímos da eternidade em que vivem os animais, passamos
a entender que poderíamos mudar o mundo, nossas vidas, nosso tempo, pensar
nossa história.
Ter
consciência de que existimos além do meio que nos circula, além de nosso
trabalho, de nossos anseios e desejos, de nossos sofrimentos, faz com que
possamos parar e pensar. Um salto de consciência!
Em
situações limites, percepções diferentes e inusitadas podem mudar nossas vidas,
mas, como regra, precisamos trabalhar um pouco para existir um salto de
consciência individual. A meditação, o diálogo criador com outras pessoas e a
atenção constante em todos os seus atos e pensamentos conduzem aos saltos de
consciência, mudanças permanentes na forma como enxergamos o mundo e a nós
mesmos.
Parar
dez minutos antes de sair de casa e outros dez antes de dormir, para programar e
depois refletir sobre seus atos naquele dia, pode ser um bom início. Alguns
intelectuais, pensando em acelerar os saltos de consciência diante do aparente
caos em que a humanidade se encontra, fundaram o Clube de Budapeste, uma
associação de pessoas de boa vontade que se dedicam a pensar um novo jeito e
uma nova ética para resolver os problemas sociais, econômicos, de segurança, políticos
e ecológicos que teremos que enfrentar neste século.
Estimular
o diálogo entre diferentes tradições e confrontar visões de mundo e ideias para
melhorar a cultura mundial e desenvolver uma consciência cosmopolita são alguns
dos objetivos do Clube, o qual acredita fortemente na educação e na cultura
como motores propulsores dos saltos de consciência.
Para
isso ocorrer, o Clube de Budapeste e o World Shift, outra entidade que pesquisa
como saltos de consciência podem mudar o mundo, propõem uma ética planetária
simples, em síntese: viver com respeito pelos outros e pela natureza; agir para
criar um mundo melhor; desenvolver e expandir sua consciência para desenvolver
o espírito humano. Por que não?
Rafael tenho acompanhado seus textos com muita frequência. Mas esse em especial tocou muito a minha alma, pois acredito que a essência dele está em apreendermos com nossos erros, refletir sobre nossas ações para que com isso possamos evoluir.
ResponderExcluirAbraço