sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SALTO DE CONSCIÊNCIA


A evolução é feita de rupturas e de saltos. A melhoria não é linear, calma e tranquila, sem possibilidade de percebermos. Um dia o mundo muda! Precisamos nos preparar, ler, estudar, praticar a meditação, orar ou rezar (se for o caso).

De repente, quando menos esperamos, aparece uma ideia, uma reminiscência, escolhemos bem e mudamos o caminho da história. Um dia o homem conseguiu se enxergar de fora, se representar em uma escultura. Neste dia, o homem não pertencia mais ao mundo. Saímos da eternidade em que vivem os animais, passamos a entender que poderíamos mudar o mundo, nossas vidas, nosso tempo, pensar nossa história.

Ter consciência de que existimos além do meio que nos circula, além de nosso trabalho, de nossos anseios e desejos, de nossos sofrimentos, faz com que possamos parar e pensar. Um salto de consciência!

Em situações limites, percepções diferentes e inusitadas podem mudar nossas vidas, mas, como regra, precisamos trabalhar um pouco para existir um salto de consciência individual. A meditação, o diálogo criador com outras pessoas e a atenção constante em todos os seus atos e pensamentos conduzem aos saltos de consciência, mudanças permanentes na forma como enxergamos o mundo e a nós mesmos.

Parar dez minutos antes de sair de casa e outros dez antes de dormir, para programar e depois refletir sobre seus atos naquele dia, pode ser um bom início. Alguns intelectuais, pensando em acelerar os saltos de consciência diante do aparente caos em que a humanidade se encontra, fundaram o Clube de Budapeste, uma associação de pessoas de boa vontade que se dedicam a pensar um novo jeito e uma nova ética para resolver os problemas sociais, econômicos, de segurança, políticos e ecológicos que teremos que enfrentar neste século.

Estimular o diálogo entre diferentes tradições e confrontar visões de mundo e ideias para melhorar a cultura mundial e desenvolver uma consciência cosmopolita são alguns dos objetivos do Clube, o qual acredita fortemente na educação e na cultura como motores propulsores dos saltos de consciência.

Para isso ocorrer, o Clube de Budapeste e o World Shift, outra entidade que pesquisa como saltos de consciência podem mudar o mundo, propõem uma ética planetária simples, em síntese: viver com respeito pelos outros e pela natureza; agir para criar um mundo melhor; desenvolver e expandir sua consciência para desenvolver o espírito humano. Por que não?

Um comentário:

  1. Rafael tenho acompanhado seus textos com muita frequência. Mas esse em especial tocou muito a minha alma, pois acredito que a essência dele está em apreendermos com nossos erros, refletir sobre nossas ações para que com isso possamos evoluir.
    Abraço

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