domingo, 19 de maio de 2013

PATERNIDADE RESPONSÁVEL E PROXIMIDADE FAMILIAR MUDAM A SEGURANÇA PÚBLICA

Continuando a reflexão sobre algumas atitudes que os pais devem adotar para ajudar a educar filhos para a não violência e para não vê-los envolvidos com a criminalidade, passamos a discutir a proximidade familiar.
O primeiro aspecto apresentado no artigo passado foi sobre a importância do planejamento familiar, pois esse propiciará a formação de famílias estruturadas, onde exista correlação entre as condições financeiras, de sobrevivência digna e o número de membros desta unidade familiar.
Ultrapassado este primeiro aspecto, devemos refletir sobre proximidade e união dentro das famílias. O afastamento familiar hoje é uma realidade e não pode ser minimizado em nenhum aspecto. Pais não sabem de filhos e filhos não sabem de pais. Muitas vezes levei crianças de 10 e 11 anos para casa porque estavam nas ruas (perto de bares, bailões e pontos de venda de drogas) de madrugada. O que fazer nesses casos? Dizer aos pais que amem seus filhos? Criar um Conselho Tutelar gigantesco para conseguir acompanhar todos os casos? Retirar essas crianças dos pais e deixá-las abandonadas em orfanatos?
Conforme falei: orientação sexual, educação e conscientização. Difícil e demorado, mas a única solução duradoura para a segurança pública. Apenas repressão jamais será suficiente se o contingente de possíveis criminosos não para de crescer e se a criminalidade encontra jovens com fatores tão propícios para delinquir.
Se você tem condições de compreensão e estrutura suficiente para começar, não espere. Comece dentro da sua própria casa. Unir a família, com os diálogos de segurança pública, conhecer e aproximar-se de seus filhos, orientá-los sobre drogas, más companhias, uma gravidez precoce, uma doença sexualmente transmissível é indispensável. Um constrangimento para começar estas conversas, principalmente quando elas nunca existiram, é normal, mas aproveite este artigo para introduzir e iniciar o assunto. “Hoje li um artigo que falava sobre….”.
Acompanhamento das atividades, companhias e amigos do seu filho não são motivos de vergonha ou excesso de proteção, mas atenção necessária e demonstração de afeto. Observe-se que em momento algum defendo a família tradicionalista e rigidamente estruturada, nem falo tão somente de riqueza ou número de filhos. Falo de afeto, de responsabilidade, de uma família com estrutura livre, mas que busca a felicidade existencial de seus integrantes.

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